O cartório eleitoral de Botucatu tem uma lista de pessoas interessadas em trabalhar como mesárias voluntárias nas eleições deste ano.
Na região de Botucatu, Itatinga e Pardinho, que pertencem ao cartório eleitoral de Botucatu são 1.400 mesários, sendo pouco mais de 1.000 mesários em Botucatu. A lista de espera está entre 280 e 300 pessoas.
São 4 mesários por sessão eleitoral. E cerca de 95% dos mesários já foi ao cartório assinar as suas nomeações para não perder a vaga e escolheram uma das datas de setembro que irão participar de um curso preparatório.
“É um trabalho que estamos fazendo desde 2009. Alcançamos o número total de mesários voluntários. 100% dos mesários convocados eles queriam estar ali. Esse número até se reverteu porque existe uma fila de espera de pessoas que querem trabalhar. A cada dia vem aumentando o número de pessoas interessadas e é difícil encaixar todo mundo”, comentou Igor Inácio do cartório eleitoral.
Muitas vezes o interesse é pela folga, pois a cada dia trabalhado ganha-se um dia para descansar. Já em cursos são dois dias de folga para cada dia trabalhado. O mesmo ocorre com o dia das eleições com dois dias de descanso.
Há casos em que trabalhar na eleição vale como desempate em concurso e em alguns casos tem certames que contam como se fosse uma pós-graduação, pois se consegue uma pontuação alta. Um exemplo é quem trabalha com registro de imóveis em cartórios porque a pontuação é significativa.
“Tem alguns que gostam de trabalhar porque eles reveem amigos de adolescência e de juventude. E naquele colégio concentra todo mundo. Muitas vezes na vida agitada essas pessoas não conseguem se rever no dia a dia. Os mesários são muito importantes; são o braço do juiz, e recebem os votos”, disse Inácio.
No dia da votação, o trabalho é das 7h até muitas vezes à noite, e além disso, antes da eleição, cursos preparatórios são realizados. Parentes de candidatos até segundo grau não podem trabalhar como mesários. Cerca de 30 pessoas desistiram. Se mentir o mesário pode responder a crime.
Um dos itens de exclusão do nome é que a pessoa que mora fora ou vota em outra cidade e pede para passar a vaga para quem é da própria cidade. Mulheres com crianças pequenas ou em auxílio-doença também são orientadas a se inscreverem novamente nos próximos anos.
(Do Agência14News)