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Eder Trezza: morre o médico símbolo da humanização

Morreu neste domingo (23/7) em Botucatu, o médico e professor da Unesp, Dr. Eder Trezza, 86 anos, que foi símbolo da humanização e atendimento não só médico como também no apoio auxiliar aos pacientes.

Eder Trezza foi por 40 anos vinculado ao Departamento de Clínica Médica da FMB.

Trezza, cardiologista, fez graduação em Medicina pela Universidade de São Paulo (1964), doutorado em Fisiopatologia em Clínica Médica pela Unesp (1973) e residência-médica pela Universidade de São Paulo (1966). Foi autor, entre outras obras, do livro “Humanização da Atenção à Saúde- Do Discurso à Prática. (Editora Epub- 120 páginas)”.

O professor também idealizou e coordenou, o grupo de voluntários “Sempre Viva”, que atua em três frentes: apoio moral e emocional às pessoas internadas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu; apoio material para suprir necessidades que os doentes não podem superar e programação de atividades de lazer, como música aos sábados, palhaços para as crianças, festas de época, entre outras.

Durante cerimônia de entrega do título de emérito, a professora Beatriz Bojikian Matsubara, do Departamento de Clínica Médica da FMB, na época, ficou encarregada de apresentar um pouco da trajetória do professor Eder Trezza, tarefa que executou com grande emoção. “Essa homenagem materializa o sentimento de admiração e respeito que todos nós temos por esse professor, médico e amigo”, salientou durante seu discurso.

Beatriz ainda classificou o novo emérito como “uma liderança espontânea, de comportamento ético, honesto e justo, com um grande senso de cidadania”. “O professor Eder é uma daquelas pessoas raras que dizem o que pensam e fazem o que falam”.

O também colega de departamento de Trezza, professor João Carlos Hueb ficou com a incumbência na mesa solenidade de relatar alguns trechos de sua convivência com o homenageado. Entre os principais ensinamentos deixados pelo emérito, de acordo com Ueb, está o respeito pelo paciente.

Em sua vez de usar a palavra, o mais então novo professor emérito da FMB preferiu não discursar sobre sua vida acadêmica. Optou por retratar aos amigos e convidados presentes como foi, nas últimas décadas, sua vida fora da universidade, como cidadão. “Não quero ir embora antes que vocês me conheçam como pessoa”, disse. Trezza era casado com a também professora emérita Ercília Trezza, com quem tem três filhas: Beatriz, Valéria e Priscila. “Espero que esse título seja uma declaração de princípios”, acrescentou ele na oportunidade.

O professor Luiz Antônio Correia (LAC) foi o escolhido para falar em nome dos 12 professores que se aposentaram em 2012 na data da homenagem.

Professora Silvana Schellini, então diretora da FMB, destacou que professor Eder Trezza era a referência da instituição quando o assunto é voluntariado e afirmou ter orgulho por ele passar a fazer parte da galeria de eméritos da FMB. “Tenho certeza de que seus alunos levarão suas palavras para toda a vida e serão capazes de aliviar o sofrimento de seus pacientes e transformar a vida deles”, observou a gestora.

A pró-reitora de Pós-Graduação da Unesp e vice-reitora eleita, professora Marilza Vieira Cunha Rudge, que também é docente da FMB, declarou que o principal aprendizado de sua convivência com Trezza foi no cuidado com o paciente. “Muito obrigado por todos os pacientes que o senhor cuidou com tanto respeito e carinho”, frisou na época.

Amigos também lamentaram a perda em postagens nas redes sociais neste domingo. Abaixo a nota de falecimento.

Redação 14 News

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