Uma postagem no Facebook de consumidores dizia: gás de Botucatu a R$ 80, contra R$ 55 em São Manuel e R$ 45 em Pardinho.
O assunto gerou polêmica, pois a diferença de valores sempre foi grande e Botucatu tem permanecido entre as mais caras do Estado de São Paulo.
O mesmo pode se dizer do álcool e da gasolina onde os valores praticados em Botucatu também são os mais altos do Estado e muito dos preços diferentes do que se pratica em cidades como Bauru, só ficando o valor da bomba abaixo de municípios menores, como Pardinho e Itatinga, onde não existe concorrência e a quantidade vendida é bem menor que Botucatu.
Márcio Cesar Lopes da Silva, do Procon de Botucatu, diz que qualquer medida eficiente vai depender de uma pressão na agência reguladora que no caso é a ANP – Agência Nacional do Petróleo.
Ele cita que apesar dos preços serem livres no mercado poderia se definir uma referência de venda para um controle maior evitando abusos. “É o que ocorre por exemplo com a ANS – Agência Nacional da Saúde que tabela alguns medicamentos”, compara.
Márcio afirma que a ANP deveria ser pressionada mais pela mídia e pelos políticos para uma efetiva mudança. “Podemos até levantar os números pelo Procon como foi feito com os combustíveis, mas não se detecta cartel porque eles (empresários) são espertos. A ANP é a única que pode resolver o problema”, destaca,
Na Câmara Municipal, o vereador Abelardo da Costa Neto tem divulgado a marca de um único revendedor que segundo ele comercializa abaixo do padrão, a empresa Confiança Gás. Apesar de ser uma diferença não muito grande, ela acaba sendo menor para quem compra.
Abelardo disse que em Botucatu o mais em conta é R$ 76 para entregar ou R$ 69 no depósito contra R$ 79 dos demais revendedores e a diferença com as outras cidades avaliadas pode chegar a R$ 15. Em Bauru a pesquisa feita hoje para buscar no depósito o valor é de R$ 65 e R$ 69 com entrega em casa.
Um dos revendedores relatou ao vereador que compra o produto a R$ 53. Ele disse que na semana que vem vai procurar o Ministério Público para analisar o suposto cartel na cidade.
A ANP não divulgou pesquisa recente dos preços, pois agora os levantamentos que eram mensais agora são eventuais.
REAJUSTE DOMINGO
Os preços do gás de cozinha para uso residencial em botijões de até 13 kg (GLP P-13), vão aumentar em 4,5% nas refinarias, em média, a partir da 0h de domingo (05).
Segundo a companhia, a causa principal do reajuste é a “alta das cotações do produto nos mercados internacionais, influenciada pela conjuntura externa e pela proximidade do inverno no hemisfério norte”. Ainda conforme a companhia, a variação do câmbio também contribuiu para a necessidade do aumento.
A Petrobras informou que a elevação foi aplicada sobre os preços praticados nas refinarias sem incidência de tributos. Como a legislação brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, o preço para o consumidor dependerá de cada distribuidora e revendedora.
Pelos cálculos da companhia, se a alta for repassada integralmente aos preços finais, o preço do botijão de GLP P-13 pode ser reajustado, em média, em 2%, cerca de R$ 1,21 por botijão, caso sejam mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos.
De acordo com a Petrobras, o reajuste acompanha a política de preços divulgada no início de junho. O último aumento entrou em vigor no dia 11 de outubro deste ano. A alteração valerá a partir de domingo não se aplica ao gás liquefeito de petróleo (GLP) destinado a uso industrial e comercial.
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(Do Agência14News com Eempresa Brasileira de Comunicação)