Em 2017, a Vigilância Ambiental em Saúde atendeu 101 acidentes causados por animais peçonhentos em Botucatu. Os casos envolvendo abelhas africanizadas lideram o ranking de atendimento, com 30 notificações.
A Vigilância Ambiental em Saúde, em parceria com o Departamento de Produção Animal da FMVZ da Unesp de Botucatu, realiza a retirada de enxames de abelhas africanizadas para evitar a ocorrência de acidentes.
Foram 26 agravos causados por aranhas. A maioria dos acidentes é classificada como leve, pois são causados por aranhas sem importância médica, segundo informou a VAS. Existem cerca de 35 mil espécies de aranhas e, embora todas sejam venenosas, poucas são perigosas e causam acidentes. As espécies que causam acidentes de maior importância são: Armadeira, Aranha Marrom e Viúva Negra.
Agravos causados por escorpiões vêm em terceiro lugar do ranking com 22 notificações. Há mais de 1500 espécies de escorpiões, porém só 25 causam acidentes de importância. Na região de Botucatu, duas espécies apresentam risco de saúde pública: escorpião marrom e escorpião amarelo.
O veneno das lagartas também possui proteínas que levam as reações alérgicas. Foram 13 notificações de agravos causados por lagartas. O acidentado apresenta um quadro dermato-urticante caracterizado por dor imediata, como uma picada, seguida de ardor, coceira e queimação.
COBRAS
Em 2017, foram três notificações de acidentes causados por serpentes, que as investigações apontam ser, não peçonhentas. Serpentes são répteis rastejantes de sangue frio, desprovido de membros, de pálpebras e de aparelho auditivo interno. São importantes na manutenção do equilíbrio natural do ambiente, pois se alimentam de pequenos mamíferos, anfíbios, outras serpentes e servem de alimentos para aves e mamíferos.
VESPA
Agravos causados por vespa somam sete notificações. A VAS também realiza a retirada a de enxames de vespas para evitar os acidentes.
SOBRE AS NOTIFICAÇÕES
Em agosto de 2010, o agravo por animais peçonhentos foi incluído na Lista de Notificação Compulsória (LNC) do Brasil, publicada na Portaria Nº 2.472 de 31 de agosto de 2010 (ratificada na Portaria Nº 104, de 25 de janeiro de 2011).
Essa importância se dá pelo alto número de notificações registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), sendo acidentes por animais peçonhentos um dos agravos mais notificados. A partir de uma notificação de agravo causado por animais peçonhentos, a VAS faz uma avaliação do ambiente onde ocorreu o acidente, realizando um trabalho educativo junto às pessoas que moram ou frequentam o local, com o objetivo de evitar as condições favoráveis ao aparecimento destes animais.
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(Com VAS)
