As disfunções miccionais nem sempre estão relacionadas com a idade e o envelhecimento. Podem ocorrer em homens e mulheres, sendo duas vezes mais freqüente no sexo feminino, e em homens podem ocorrer depois de operar a próstata, independentemente da idade e nível socioeconômico. A perda de urina pode causar problemas psicossociais, higiênicos e sexuais. Um grande número de pessoas que sofre com a incontinência urinária não procura ajuda profissional por vergonha ou por achar que esse problema é normal e se exclui do convívio social.
A fisioterapia pélvica é reconhecida como a primeira linha de tratamento conservador dessas disfunções. Os músculos do assoalho pélvico têm a responsabilidade no suporte dos órgãos (bexiga, útero e intestino) e na continência urinária e fecal.
As técnicas mais utilizadas pela fisioterapia pélvica para o tratamento da incontinência urinária são:
– Treinamento dos músculos do assoalho pélvico: através de exercícios específicos, o paciente consegue identificar os músculos e realizar o treino individualizado para a disfunção apresentada.
– Eletroestimulação: utilizada no fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, melhorando a função urinária, aprimorando coordenação e força desses músculos e inibindo as contrações da musculatura detrusora.
– Cones vaginais: são pesos que variam de 20g a 100g para o treinamento funcional dos músculos do assoalho pélvico nas atividades diárias – orienta-se a inserir o cone na vagina durante 15 a 20 minutos e caminhar. Há uma sensação de perda do cone, ocorrendo uma contração dos músculos do assoalho pélvico.
– Terapia Comportamental: o paciente é orientado sobre a ingestão de líquidos durante o dia e a noite, alimentos e bebidas que irritam o músculo da bexiga e regulares intervalos de micções.
Para que os resultados da fisioterapia pélvica sejam bem-sucedidos a longo prazo é necessário disciplina e comprometimento do paciente com os exercícios propostos, associados ou não a medicamentos. Casos de procedimento cirúrgico, realiza-se a fisioterapia pré e pós-operatória melhorando o resultado cirúrgico.
Quanto mais precoce o paciente for encaminhado e realizar a fisioterapia pélvica, melhor será o resultado do tratamento.
Quais os tipos de incontinência urinária?
A maioria dos casos de incontinência urinária se enquadra em um dos três subtipos descritos a seguir: incontinência de esforço, incontinência de urgência ou incontinência mista. As duas primeiras são as mais comuns.
• Incontinência de esforço
É caracterizada pela perda involuntária durante um esforço físico qualquer, em atividades como levantar peso, rir, tossir ou durante atividade física. É o tipo mais comum de incontinência.
É raro encontrar uma mãe com mais de 50 anos que não tenha uma incontinência de esforço, ao menos em estágio inicial.
• Incontinência de urgência
É caracterizada pela perda de urina durante sob forte desejo miccional, ou seja, a perda quando a vontade de urinar é urgente.
Sentimos vontade de urinar várias vezes por dia, e normalmente conseguimos segurar esta vontade até o momento mais apropriado. Algumas pessoas podem não conseguir segurar a vontade de urinar quando ela aparece, e podem acabar perdendo urina. Isto é incontinência de urgência, comum em crianças, idosos, mulheres que passaram pelo parto e homens que passaram por cirurgias da próstata.
Mas sentir essa urgência o tempo todo não é normal, e pode indicar problemas urinários, particularmente a chamada síndrome da bexiga hiperativa, grande responsável pela incontinência de urgência.
• Incontinência urinária mista
O termo é atribuído à mulher que sofre de incontinência urinária de esforço associada à bexiga hiperativa. Para estas mulheres, é importante identificar o sintoma mais limitante e, quase sempre, tratar a hiperatividade da bexiga em primeiro lugar.
Lorena Rossatto Consorte, Fisioterapeuta, formada pela USC de Bauru. Atua em Fisioterapia, Pilates e Massagem. Atende com vários convênios. A Clinica está localizada à Rua General Telles, nr 1516 – Centro – Botucatu/SP – Cep 18602-120 – Telefone (14) 99723-0763.
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