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Saúde promove semana de enfrentamento a ataques de escorpiões

Até sexta-feira, municípios do Estado de São Paulo realizam ações para conscientizar a população dos cuidados que se deve ter para evitar ataques de escorpiões, o que pode ocasionar internações e óbitos pela gravidade do envenenamento, principalmente em crianças de até 10 anos. A iniciativa faz parte da Semana Estadual de Enfrentamento ao Escorpianismo.

Desde 2011, o Estado de São Paulo registrou mais de 230 mil ataques de escorpiões com 63 mortes. Apenas em 2021, foram mais de 33 mil picadas, com 7 óbitos. Neste ano, já foram registrados 20 mil acidentes relacionados a este animal peçonhento e 3 mortes.

Rapidez pode salvar vidas

Crianças de até 10 anos são consideradas grupo de risco para mortes e, para que o ataque do aracnídeo não seja fatal, é fundamental que a assistência seja rápida. Os pais devem levar a criança o mais rápido possível para atendimento médico, preferencialmente a uma unidade de saúde referência para acidente com escorpião, cujos locais podem ser consultados com a secretaria de saúde municipal. Caso não seja possível realizar essa consulta, procurar o quanto antes um pronto atendimento, pronto-socorro ou hospital.

Também é possível acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), pelo 192, no caso de crianças picadas, pois é uma situação que exige agilidade na assistência médica. Além de lavar o local com água e sabão, não se deve tomar outra medida além de procurar com urgência atendimento médico.

“E é muito importante que os pais fiquem atentos e sejam rápidos para levar a criança para o atendimento médico. Isso é fundamental para se evitar agravamento do caso”, explica Luciano Eloy, da Divisão de Zoonoses da Secretaria de Estado da Saúde.

O Estado ampliou em 22% a rede de pontos estratégicos para aplicação de soro antiveneno, essenciais para garantir atendimento ágil em caso de acidentes com animais peçonhentos. A expansão ocorreu ano passado, quando o número de pontos passou de 172 para 211, cobrindo todas as regiões do Estado.

Sobre escorpiões

Em São Paulo existem duas espécies principais de escorpiões: Tityus serrulatus e o Tityus bahiensis. O primeiro, conhecido popularmente como escorpião amarelo, tem pernas e cauda amareladas, o tronco escuro e mede até 7 cm de comprimento. É responsável pela maior parte das picadas. Já o Tityus bahiensis (escorpião marrom) possui o tronco escuro, pernas e cauda marrons avermelhados com manchas escuras e é menos numeroso em áreas urbanas.

Os escorpiões vivem em zonas tropicais e aparecem com maior frequência nos meses mais quentes e úmidos, entre outubro e março. Mas, devido à altas temperaturas, os acidentes por picadas de escorpião vêm ocorrendo em grande número ao longo de todo o ano no Estado de São Paulo.

Cuidados

O escorpião se instala no meio urbano pela facilidade de encontrar abrigo, água e alimento (principalmente baratas) disponíveis em locais com acúmulo de entulho e lixo, além das tubulações sob as casas e ruas. Dessa forma, deve-se vedar todos os ralos (chão, pia e tanque), frestas e vãos que permitam que esses animais entrem nas casas. Também é importante evitar o acúmulo de entulho e lixo dentro e fora das residências e manter jardins limpos.

Na hora de se vestir, a recomendação é sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, pois aranhas e escorpiões podem se esconder neles e picam ao serem comprimidos contra o corpo. Também não é aconselhável colocar mãos e pés descalços em buracos, sob pedras e troncos podres. Outra medida é vistoriar sempre os tapetes.

Dentro de casa, deve-se afastar as camas e berços das paredes, evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão e não deixar brinquedos no chão, pois os escorpiões se escondem neles.

Redação 14 News

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