A campanha Maio Furta-Cor, movimento de alcance nacional e internacional voltado à conscientização sobre a saúde mental materna, avança em Botucatu com a proposta de aprovação de um projeto de lei específico para o município. A votação está prevista para segunda-feira na Câmara Municipal e, se aprovada, Botucatu se juntará a outras cidades brasileiras que já oficializaram a campanha em seus calendários. A autoria é dos vereadores Érika da Liga do Bem (PSD) e Valmir Reis (PP).
O Maio Furta-Cor tem como missão dar visibilidade a um tema historicamente invisibilizado: o sofrimento emocional e psicológico vivido por mulheres durante a gestação, o puerpério e toda a jornada da maternidade. Em Botucatu, a campanha é liderada por Fernanda Bardella, educadora parental e CEO da empresa Parentallis, e pela jornalista Mariana Moura, ambas representante e embaixadora nacionais do movimento.
Para trazer luz às ações municipais o movimento recebe o nome de Onda Furtacor Botucatu e promoverá algumas ações durante o mês de Maio.
Saúde mental materna é saúde pública
Transtornos como depressão pós-parto, ansiedade perinatal e exaustão emocional ainda são tratados com descaso em muitas esferas sociais, inclusive nas políticas públicas. O Maio Furta-Cor surge como resposta a essa lacuna, defendendo a criação de políticas locais de acolhimento, cuidado e suporte para mães em todas as fases da maternidade.
“O projeto de lei em Botucatu representa um marco importante. Falar sobre saúde mental materna é garantir que nenhuma mãe precise passar por esse processo sozinha ou em silêncio”, afirma Fernanda Bardella.
Para Mariana Moura, é também uma questão de representatividade: “Esse é um nicho muito específico e frequentemente excluído das discussões políticas. Ter essa pauta reconhecida no âmbito municipal é um grande passo para quebrar o tabu.”
Por que institucionalizar a campanha é fundamental?
A aprovação do projeto de lei permitirá que o município reconheça oficialmente o mês de maio como um período de ações educativas, rodas de conversa, palestras e campanhas de conscientização voltadas à saúde mental materna. Além disso, a legislação abre espaço para parcerias entre o poder público, a sociedade civil e os profissionais da saúde, ampliando a rede de apoio para mães em situação de vulnerabilidade emocional.
Além disso, atende aos requisitos da Lei 14.826/24 que institui a Parentalidade Positiva.
Um movimento que cresce no Brasil e no mundo
Com origem no Brasil e adesão crescente em diversos países, o Maio Furta-Cor vem sendo incorporado por municípios que reconhecem a urgência de acolher emocionalmente quem cuida. Em 2025, a campanha ganha ainda mais força com articulações em nível estadual e federal, além da repercussão internacional nas redes sociais e em eventos globais de saúde da mulher. (Com assessoria).