O Instituto Adolfo Lutz confirma o diagnóstico de febre maculosa de um homem e duas mulheres que estiveram num evento numa fazenda na região de Campinas no final do mês passado. Uma adolescente de 16 anos que estava no mesmo local está internada em hospital no município de Campinas e o caso está em investigação.
Em 2023, foram registrados 12 casos de febre maculosa com 6 óbitos, incluindo os três confirmados desde segunda-feira (12) em todo o Estado. Em 2022, foram registrados 53 casos, com 37 óbitos confirmados. Já em 2021, foram 76 casos e 42 óbitos.
SOBRE A DOENÇA
A febre maculosa é uma doença infecciosa causada por uma bactéria transmitida através da picada de uma das espécies de carrapato, ou seja, ela não é transmitida diretamente de pessoa para pessoa pelo contato e seus sintomas podem ser facilmente confundidos com outras doenças que causam febre alta.
Há no estado duas espécies da bactéria causadora da doença. Na região metropolitana da capital, há pouquíssimos registros dada a urbanização da área. No interior do estado, a doença passou a ser detectada a partir da década de 1980, nas regiões de Campinas, Piracicaba, Assis, nas regiões mais periféricas da região metropolitana de São Paulo e no litoral, mas em uma versão mais branda. Os municípios de Campinas e Piracicaba são, hoje, os dois que apresentam o maior número de casos registrados da doença. O tratamento é realizado com antibiótico específico.
ORIENTAÇÕES
A Secretaria de Estado da Saúde reforça que as pessoas que moram ou se deslocam para áreas de transmissão estejam atentas ao menor sinal de febre, dor no corpo, desânimo, náuseas, vômito, diarreia e dor abdominal e que procurem um serviço médico informando que estiveram nessas regiões para fazer um tratamento precoce e evitar o agravamento da doença.
As regiões onde existe transmissão de Febre Maculosa no estado de São Paulo podem ser encontradas em mapas interativos no formato de QR code, no site do CVE ou em publicações como o BEPA. Veja o material.