Casos de febre maculosa confirmados em cidades do interior do Estado acenderam o alerta para a doença nesta semana. Causada por uma bactéria do gênero Rickettsia através da picada de uma espécie de carrapato, a doença é infecciosa, mas não é transmitida diretamente de pessoa para pessoa pelo contato.
Seus sintomas incluem febre, dor no corpo, desânimo, náuseas, vômito, diarreia, manchas vermelhas pelo corpo e dores abdominais. O Infectologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), Dr. Sebastião Pires explica que, por serem sinais relativamente comuns e facilmente confundidos com outras doenças, é importante que ao identificar esses sintomas, o paciente conte ao médico no momento do atendimento se mora ou se deslocou para alguma área de transmissão recentemente. “Com informações precisas, o paciente tem mais chances de um diagnóstico precoce e tratamento adequado. A infecção tem cura, mas deve ser tratada rapidamente”, diz. O tratamento é realizado com antibiótico específico.
Segundo informações da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo (SES), em 2023, foram registrados 12 casos de febre maculosa no estado de São Paulo. Atualmente, as regiões de Campinas, Piracicaba e Assis são as que apresentam o maior número de casos da doença. “O período de incubação da febre maculosa é de dois a 14 dias. Portanto, é importante considerar exposições ocorridas nos últimos 15 dias antes do início de sintomas”, afirma Pires.
Embora a febre maculosa seja grave e com alta letalidade, é possível reduzir significativamente o risco de contrair a doença. Verificar com frequência se há algum carrapato preso ao seu corpo, usar roupas claras com manga longa, calça comprida e calçado fechado em áreas de mata são algumas medidas efetivas para a proteção contra o carrapato transmissor.