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Cremesp repudia aplicação indiscriminada do PMMA em procedimentos estéticos

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) repudia veementemente o uso indevido do polimetilmetacrilato, conhecido popularmente como PMMA, um polímero plástico que tem sido usado como preenchedor permanente em procedimentos estéticos, causando diversas complicações aos pacientes. Entre elas, a hipercalcemia grave e lesão renal crônica, inflamações, formações de nódulos, necroses, e outras. Seu uso incorreto pode levar, inclusive, ao óbito.

Segundo orientações da Anvisa e do Ministério da Saúde, o produto pode ser aplicado para correção de lipodistrofia, que é a alteração da quantidade de gordura no corpo em pacientes com HIV/Aids, e também para a correção de pequenas irregularidades em áreas do corpo, respeitando seus limites de aplicação, em pequenas quantidades.

No entanto, o PMMA não é recomendado para fins estéticos por órgãos como a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Pareceres do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Cremesp também repudiam a aplicação de grandes doses da substância e alertam sobre os riscos de seu uso. Confira o Parecer Cremesp nº 127.836/05 e o Parecer CFM nº 5/13, na íntegra.

Em 2017, inclusive, a SBCP incluiu pela primeira vez dados sobre as sequelas dos implantes com PMMA devido ao aumento no número de complicações. Em 2016, foram feitas 4.432 cirurgias plásticas para corrigir defeitos decorrentes da aplicação da substância, de um total de 664.809 operações reparadoras. O total de complicações, porém, é bem maior: no mesmo ano de 2016, houve mais de 17 mil registros em todo o país.

O Cremesp, em defesa da saúde da população, alerta sobre a aplicação indiscriminada do PMMA e reitera que tomará as medidas cabíveis em relação aos profissionais que utilizam a substância irregularmente na realização de procedimentos.

Redacao 14 News

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