O médico Antônio Luiz Caldas Jr e o professor João Carlos Vieira analisaram números da dengue colocando Botucatu como a cidade com o segundo maior índice no Estado, onde há unidades da Unesp, em 2024. Veja o comentário do Professor Caldas:
CASOS DE DENGUE NO ANO DE 2024 EM MUNICÍPIOS COM CAMPUS DA UNESP
Olha o trabalho bacana que o Prof. Vieira e eu fizemos para os amigos que moram em municípios onde a Unesp atua.
Para facilitar a visualização dividimos o estado em quatro “macrorregiões”.
Vejam que;
1) Em quase todos municípios e regiões, lá em janeiro e fevereiro, a Dengue (mosquitos e vírus) avisaram: “TÔ CHEGANDO”, Qualquer livrinho de vigilância epidemiológica de dengue diz que a “a coisa explode em marco e abril”. Mosquitaiada à toda no final do verão! Os especialistas alertavam.
2) As regiões do estado tem comportamentos bem diferentes com uma maior incidência no Centro do Estado. Destaque a três municípios: São José dos Campos (campeão), BOTUCATU (vice) e Marília.
3) Algumas pessoas querem explicar os números altos fazendo comparações com a COVID. Mas a vigilância epidemiológica destas viroses é totalmente distinta (na DENGUE, diferentemente da Covid, se trabalha com CASOS PROVÁVEIS, ou seja, casos testados MAIS casos com diagnóstico clínico-epidemiológico, sem testagem obrigatória).
4) Numa situação epidêmica o mais importante é CAPTAR os casos prováveis, notificar e prestar a assistência adequada a cada situação. Em caso de dúvida, busque ajuda. Botucatu tem uma rede de postos de saúde amplamente preparada para esta missão.
ATENÇÃO: quando for ver os gráficos, observar que as escalas são bem diferentes: Na região central chega a 1200 e no Oeste não passa de 200.
ANÁLISE DA SAÚDE MUNICIPAL
Recentemente a reportagem falou com a Saúde de Botucatu sobre os números estarem em crescimento maior que outras cidades do Estado. A análise foi a seguinte:
“O número de pessoas com doenças virais testáveis acaba apresentando números elevados em Botucatu porque nossa cidade sempre testa muito mais a população. O nosso município sempre teve protocolos de testagem para diagnóstico, acompanhamento e intervenção precoce. Enquanto nossa saúde tem maior investimento e planejamento, muitas cidades não testam e apenas acompanham os sintomas ou testam somente os casos graves”, analisou o secretário Marcello Laneza Felício.
“Algumas cidades até estão sem testes acabam entrando em contato pra ver se a gente pode cedê-los. Em Botucatu sempre há um número de internações menores, proporcionalmente, quando comparado a outros municípios”, comentou.
DENGUE PASSOU DOS 10 MIL CASOS:
São 10.230 registros positivos neste ano. Veja as regiões com maior incidência, segundo a Prefeitura de Botucatu.
