Mais comum em crianças, adolescentes e homens jovens, podendo também atingir idosos, o câncer de testículo é considerado raro e potencialmente curável quando diagnosticado precocemente. Sua incidência está entre três e cinco homens em uma população de 100 mil habitantes.
Trata-se de uma doença grave que tem início nos testículos por meio de um erro na multiplicação de células. As células cancerígenas se multiplicam sem controle, utilizando todos os nutrientes das células saudáveis, e, em um estágio mais avançado, se alastrando pelo corpo.
De acordo com o médico urologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), Fernando Ferreira Gomes Filho, os principais fatores de risco são a presença de testículos não descidos, corrigidos ou não (doença congênita por meio da qual a criança nasce com o testículo fora do escroto), radioterapia prévia, tabagismo, histórico familiar, dentre outros.
Para identificar o problema é necessário realizar o exame físico. Caroços endurecidos que crescem nos testículos são sinais da doença. “A melhor prevenção é realizar a correção precoce dos testículos fora da bolsa, isto é recomendado logo após o primeiro ano de vida”, explica Ferreira.
O diagnóstico precoce se dá por meio da autoinspeção periódica dos testículos, principalmente durante o banho, e procura médica precoce. Já o “tratamento ocorre com a retirada dos testículos acometidos, sendo, algumas vezes, necessário quimioterapia ou mesmo radioterapia após o procedimento”, explica o especialista.
De acordo com dados do Atlas de Mortalidade do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de testículo foi responsável por mais de 3.700 mortes no país entre 2012 e 2021.