O secretário da Justiça e Cidadania e presidente da Fundação CASA, Paulo Dimas Mascaretti, apresentou nesta terça-feira, 24, o Programa de Gestão Humanizada e o Projeto #SOMOSTODOSCASA para funcionários da Divisão Regional Sudoeste (DRS) e os diretores dos 12 centros socioeducativos subordinados, durante reunião na Câmara Municipal de Iaras, no interior paulista.
“Temos recursos materiais e humanos para dar aos adolescentes atendidos as condições de terem outras oportunidades, a reinserção social que almejamos”, afirmou o secretário na abertura da reunião de trabalho. A Fundação CASA está passando por mudanças institucionais e o foco é modernizar e inovar o serviço público no atendimento a adolescentes autores de ato infracional.
“Nas visitas que tenho feito nos centros, vejo que o trabalho é bem feito. Às vezes, há necessidade de alguns ajustes e a Sede vem agora com a proposição de trazer ferramentas e meios para aprimorar as estruturas e realizar melhorias”, explicou Dimas Mascaretti. “A governança na Fundação CASA agora é um trabalho em equipe, com planejamento e análise das consequências das nossas decisões.”
O Programa de Gestão Humanizada e o Projeto #SOMOSTODOSCASA estão sendo apresentadas em todas as 11 divisões regionais da Fundação CASA, que concentram 142 centros de atendimento socioeducativo, distribuídos em 52 cidades. As iniciativas já foram discutidas na Divisão Regional Metropolitana Norte (DRM-V), em São Paulo, e no CASA Caraguatatuba, no Litoral Norte.
A secretária-executiva da Justiça e Cidadania e vice-presidente da Fundação CASA, Ana Paula Bandeira Lins, também discutiu as novas iniciativas. Segundo ela, a visão atual é de que a Sede da Instituição, onde se concentra a executiva, está distante das necessidades e demandas dos funcionários que atuam no atendimento direto na execução das medidas socioeducativas de meio fechado.
“Fica uma sensação de tristeza do servidor, de enfraquecimento e não identificação com o trabalho realizado. É necessário haver gestão participativa, para agregar gestor e subordinado em um conjunto, sem medição de forças”, avaliou a secretária-executiva.
“O que a Fundação CASA quer? Que a Sede, seja diretoria ou divisão regional, trabalhe em conjunto, numa cultura de colaboração, para que a experiência das equipes da ponta seja transmitida para a executiva e seja construído um modelo em conjunto”, acrescentou Ana Paula.
O Projeto #SOMOSTODOSCASA pretende gerar a integração entre as equipes das divisões regionais e dos centros socioeducativos, para identificar forças e pontos de melhoria para o aprimoramento da prestação de serviço de execução de medida socioeducativa no regime fechado – internação e semiliberdade. A meta é aproximar a executiva da ponta e, assim, proporcionar uma nova experiência de trabalho para os servidores.
De acordo com o chefe de Gabinete da Fundação CASA, Mauricio da Silva Correia, as rodadas de apresentações das propostas e discussões já geraram mais de 200 sugestões e ideias vindas dos servidores.
“Precisamos pensar o impacto que queremos gerar no adolescente, qual a missão da Instituição: questionar-se por que Fundação CASA tem de ser Fundação CASA”, vislumbrou o chefe de Gabinete durante sua apresentação no debate em Iaras. “A partir disso, pensamos resultados, processos, produtos e os recursos associados, para medir o impacto que geram.”
Além da discussão das propostas, os funcionários participaram de duas oficinas de integração: uma entre a executiva da Fundação CASA e os funcionários da Divisão e dos centros e outra entre equipe da DRS e diretores de centros, para levantar proposições iniciais para o aprimoramento institucional.
A DRS possui 12 centros localizados em cinco cidades – Iaras, Bauru, Botucatu, Cerqueira César e Itapetininga – que atendem a adolescentes de comarcas da região Sudoeste do Estado.
Diálogos institucionais
À tarde, o secretário da Justiça, acompanhado da equipe executiva da Fundação CASA, conversou com juízes nos Fóruns de Cerqueira César e Marília. O foco foi apresentar os profissionais da equipe, a fim de aprimorar o diálogo institucional, entre os poderes Executivo e Judiciário, em prol do atendimento ao adolescente autor de ato infracional e sua reinserção social.
(com assessoria)
