Acompanhando os passos do Governo do Estado que estendeu o período de quarentena até o dia 31 de maio, aonde ainda restringe alguns segmentos do comércio, considerados não essenciais de funcionamento, o prefeito de São Manuel, Ricardo Salaro vem realizando reuniões com a diretoria da Associação Comercial e Empresarial de São Manuel, alinhando os pontos da pactuação das decisões que serão tomadas com relação a quarentena e retomada da economia no Estado e nos Municípios.
“Estamos conversando e alinhando pontos importantes com a ACESM, de acordo com a nossa realidade, para que quando formos autorizados pelo Governo do Estado, implantar o processo de flexibilização, que deverá obedecer aos procedimentos de segurança, seguindo as orientações e as informações da Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde, visando a prevenção do coronavírus de toda a nossa população’, disse o prefeito municipal.
Em nova iniciativa no enfrentamento da pandemia de coronavírus e suas consequências sociais e econômicas, o Governo do Estado anunciou a criação do Conselho Municipalista para coordenar, da perspectiva dos interesses municipais, as ações de combate ao problema e de flexibilização da quarentena, bem como decisões sobre aporte de recursos e avaliação de medidas tomadas em todo o território paulista.
Fazem parte deste Conselho Administrativo além dos Secretários de Estado de Desenvolvimento Regional, de Saúde, de Desenvolvimento Econômico, da Fazenda, e de Governo, o vice-governador Rodrigo Garcia, bem como prefeitos das cidades sedes de regiões administrativas de São Paulo. São elas: Araçatuba, Araraquara, Barretos, Bauru, Campinas, Franca, Marília, Presidente Prudente, Registro, Ribeirão Preto, Santos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Sorocaba, Grande São Paulo, representada por São Bernardo do Campo e São Paulo capital.
A intenção com a criação do Conselho é combater o crescimento de casos no litoral e interior. Apesar do número absoluto de infectados ainda se concentrar na RMSP, o contágio cresce proporcionalmente a um ritmo quatro vezes mais rápido no interior e litoral de São Paulo do que na Região Metropolitana.
No período de 3 de abril a 1 de maio, o número de casos registrados cresceu 2.532% no interior e litoral (de 167 casos para 4.397), enquanto que na RMSP o crescimento foi de 625% (de 3.352 para 24.301).
”Dia D”
O grande crescimento de casos em todas as regiões do estado nos últimos 15 dias, com picos nos dias 25, 28 e 30 de abril, com média aproximada de 2.500 casos e no último dia 06 com aumento de mais de 40%, nesse sentido, chegando a mais de 3.800 casos, estima-se que a cada três dias, 38 novas cidades do interior apresentarão novos infectados e até o final do mês todos os 645 municípios estarão com incidência do vírus.
Em paralelo existe queda na taxa de isolamento. O Governo do Estado atribui a impossibilidade de realizar qualquer tipo de flexibilização, devido ao declínio do isolamento social e o consequente aumento de casos, tanto na capital, como no interior do estado.
“Nós chamamos de dia “D”, que será quando a região apresentar 14 dias consecutivos de declínio no número de casos e taxa de ocupação de leitos inferior a 60%”, explicou o Secretário Marco Vinholi.