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Orientações sobre vacina tríplice viral para crianças em municípios com surto de sarampo

A Secretaria de Saúde do Governo do Estado, por meio do Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac (Divisão de Imunização) divulgou nota informativa na última sexta-feira, 09, comunicando que nos últimos 90 dias foram registrados 100 casos de sarampo em crianças entre 6 a 11 meses e que há um risco aumentado de complicações, hospitalizações e mortalidade nesse grupo.

Com isso, a nota recomenda que crianças nessa faixa etária que residem ou que irão se deslocar para municípios que se encontram em situação surto (veja a relação no fim da matéria) sejam vacinadas com uma dose da vacina sarampo-caxumba-rubéola (SCR) 15 dias antes da viagem. “Tendo em vista que São Manuel não está em situação de surto, é necessário respeitar o calendário vacinal de rotina”, explica a enfermeira da Vigilância Epidemiológica da Diretoria Municipal de Saúde, Vanessa Cristina Anizi.

As crianças vacinadas entre 6 e 11 meses de idade deverão receber a vacina SCR com 1 ano de idade e vacina tetraviral (SCR-Varicela) aos 15 meses de idade. O intervalo mínimo entre a vacina SCR aplicada nos menores de 1 ano e a dose da vacina aplicada a partir dos 12 meses deverá ser de 30 dias. Nas ações de rotina o esquema vacinal é o seguinte:
– pessoas entre 1 e 29 anos de idade: duas doses com intervalo mínimo de 30 dias;
– pessoas entre 30 e 59 anos de idade: uma dose;
– pessoas com 60 anos de idade ou mais: não precisam ser vacinadas.

A interrupção dessa recomendação ocorrerá quando os municípios em situação de surto não apresentaram casos confirmados durante 90 dias. O Ministério da Saúde informará o momento em que a vacinação das crianças menores de um ano de idade deverá ser suspensa.

A vacina SCR não deve ser aplicada simultaneamente com a vacina da febre amarela em crianças menores de 2 anos de idade. Neste momento, a Divisão reforça a necessidade de priorizar a vacinação de SCR, devendo ser agendada a dose da vacina da febre amarela com intervalo de 30 dias. Crianças que receberam a vacina da febre amarela há menos de 30 dias podem ser vacinadas contra SCR e retornam para a vacinação de rotina após 1 ano.

Acompanhe a relação de municípios paulistas que se encontram em situação de surto de sarampo no momento: Atibaia, Barueri, Caçapava, Caieiras, Campinas, Carapicuíba, Diadema, Embu, Estrela D’Oeste, Fernandópolis, Francisco Morato, Guarulhos, Hortolândia, Indaiatuba, Itapetininga, Itaquaquecetuba, Jales, Jundiaí, Mairiporã, Mauá, Mogi das Cruzes, Osasco, Peruíbe, Pindamonhangaba, Praia Grande, Ribeirão Pires, Ribeirão Preto, Rio Grande da Serra, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba, Sumaré, Taboão da Serra e Taubaté.

O retorno do sarampo
O vírus do sarampo circula de forma endêmica em diferentes países do mundo. No Brasil, a circulação endêmica do vírus foi interrompida em 2000 e nas Américas em 2002. A partir destas datas, casos esporádicos e surtos limitados, relacionados à importação, ocorreram em diferentes países das Américas. O continente americano foi considerado livre do sarampo em 2016.

No entanto, em 2017, ocorreu um surto de sarampo na Venezuela, que extrapolou as fronteiras daquele país e chegou ao Brasil, Colômbia, Argentina, Chile, Equador e Peru em 2018. No Estado de São Paulo, no ano de 1997 foram confirmados 23.909 casos com 23 óbitos. Entre 1998 e 2000 foram registrados 356 casos; entre 2001 e 2018 foram registrados 51 casos confirmados de sarampo importados ou relacionados à importação.

Em 2016 e 2017 não houve registro de caso confirmado de sarampo no território paulista. Em 2018, foram registrados 5 casos, sendo 3 relacionados à importação oriundos do Líbano e ao surto de Manaus e 2 sem fonte conhecida. Em 2019, o Estado de São Paulo confirmou 967 casos até o momento.

(com assessoria)

Redação 14 News

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