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Marília tem cinco salas de amamentação em escolas municipais

Iniciativa pioneira no Brasil, parceria entre as secretarias municipais de Saúde e de Educação de Marília favorece um direito das mamães trabalhadoras, com filhos pequenos: o aleitamento materno pelo menos até os dois anos de idade. A cidade conta com cinco salas de amamentação instaladas em escolas municipais.

Contam com o espaço de aleitamento as Emeis Colibri, Meu Anjo, Favo de Mel, Nossa Senhora da Glória e Mãe Cristina. Em geral, as salas são equipadas com poltronas, bebedouro, trocador e lavatório.

A superintendente do Banco de Leite Humano de Marília, enfermeira Sandra Domingues, afirma que Marília foi a primeira cidade do mundo a adotar essa estratégia. Ela reforça a importância da iniciativa.

“Esse projeto surgiu da preocupação que compartilhamos com as diretoras, com aquelas mães que desejam amamentar, mas estão com as crianças na escola”, disse a enfermeira.

Sandra explica que também é incentivado que a mulher ordenhe o próprio leite e envie em frascos esterilizados, identificados com o nome completo da criança para ser oferecido no período escolar.

A enfermeira destaca ainda que as mães em aleitamento materno exclusivo, ao retorno ao trabalho, precisam ser apoiadas e continuar oferecendo o leite materno. “O apoio da família e do empregador é muito importante para não interromper a amamentação. No caso do trabalho, é lei, é uma garantia da mulher”, declara.

Nas escolas da rede várias mulheres utilizam as salas de amamentação quando chegam com a criança, no início do turno, ou mesmo durante o dia, aproveitando da liberação do trabalho para amamentar. Em outras, onde não há sala específica, há também compreensão das diretoras e busca de alternativa para privacidade e conforto da mulher.

É LEI

Em todo o país, por força de lei federal, as mães que trabalham e que amamentam nos primeiros seis meses têm direito a duas pausas, de 30 minutos cada, para amamentar. O benefício pode ser convertido a uma hora a menos de trabalho. Esse direito não interfere na licença maternidade de 120 dias (quatro meses).

AMAMENTE!

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde preconizam o aleitamento materno exclusivo (só leite do peito) durante os seis primeiros meses de vida do bebê.

A partir dessa idade é recomendada a “alimentação oportuna”, iniciada com frutas, seguida de papinhas salgadas à base de legumes. Nessa fase é importante dar sequência ao aleitamento materno, que deve seguir, pelo menos, até os dois anos de vida.

Todas as instruções são oferecidas nos programas de saúde da criança do SUS (Sistema Único de Saúde) para a progressão e introdução de alimentos. Essa orientação é feita nos postos de saúde, nas consultas médicas de acompanhamento e assistência de enfermagem.

Estudos científicos já comprovaram que as pessoas que receberam adequadamente leite do peito possuem menor propensão ao câncer, diabetes, hipertensão e problemas relacionados ao colesterol e peso.

O alimento protege os bebês contra diarreia e infecções respiratórias, incluindo a pneumonia. As mães que amamentam também são favorecidas em relação à diminuição de chances de ocorrência do câncer de mama, de útero e ovário, além de menores riscos de desenvolver osteoporose.

(com assessoria)

Redação 14 News

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