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Marília faz campanha de prevenção e diagnóstico de hepatites virais

A Prefeitura de Marília, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, realiza este mês a Campanha Julho Amarelo, marcado pela Prevenção e às Hepatites Virais. O objetivo é alertar a população e promover testes rápidos. No mesmo período do ano passado foram feitos quase mil exames na cidade.

O dia 28 de julho foi estabelecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como data mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. Existe preocupação mundial com a transmissão da doença, que ocorre principalmente pelo contato sexual.

Em Marília durante o ano de 2018 foram notificados 106 novos casos. Nos primeiros seis meses deste ano, a Vigilância Epidemiológica do município registrou 23 notificações confirmadas da doença.

Em praticamente toda a rede básica de saúde existem profissionais aptos à realização dos testes, porém a cidade conta com uma estrutura específica. É o SAE/CTA (Serviço de Atendimento Especializado/Centro de Testagem e Aconselhamento), localizado à rua 7 de Setembro, 793.

ALERTA

A Secretaria Municipal da Saúde reitera alerta das autoridades nacionais e internacionais da saúde. O número de novos casos no Brasil e vários países é crescente. Para prevenção, uma das apostas é o teste, já que a pessoa sem informação sobre sua positividade pode permanecer transmitindo em relações sexuais desprotegidas.

Alessandra Pereira, coordenadora do Programa de Prevenção a ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) do município, esclarece que os testes rápidos têm função de triagem. Em caso de resultado positivo é necessária a realização de exame laboratorial.

AÇÕES

A população pode procurar o SAE de segunda a sexta-feira, o ano todo. Neste mês, porém, haverá período de intensificação entre os dias 22 e 31 de julho no serviço especializado.

Haverá ainda ações extramuros – quando os profissionais de saúde saem dos locais de trabalho e atendem em locais públicos – nos dias 20, 25 e 27. A iniciativa é uma parceria com os clubes rotários Marília Leste, Marília de Dirceu e Pioneiro.

ENTENDA A DOENÇA

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem.

Alessandra explica que as hepatites causam a inflamação do fígado por ação viral, devido ao uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas. Doenças autoimunes, metabólicas e genéticas também podem ser causa da doença. A transmissão varia de acordo com o vírus, podendo ocorrer por contato sexual, exposição vertical (mãe/filho), contato com objetos contaminados, fecal/oral e acidentes biológicos em geral.

AGRAVAMENTO

Há o risco de a doença evoluir (tornar-se crônica) e causar danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite.

A evolução das hepatites varia conforme o tipo de vírus. Os vírus A e E apresentam apenas formas agudas de hepatite (não possuindo potencial para formas crônicas). Isto quer dizer que, após uma hepatite A ou E, a pessoa pode se recuperar completamente, eliminando o vírus de seu organismo.

Por outro lado, as hepatites causadas pelos vírus B, C e D podem apresentar tanto formas agudas, quanto crônicas de infecção, quando a doença persiste no organismo por mais de seis meses.

As hepatites virais são doenças de notificação compulsória, ou seja, cada ocorrência deve ser notificada por um profissional de saúde. Esse registro é importante para mapear os casos de hepatites e ajuda a traçar diretrizes de políticas públicas no setor.

(com assessoria)

Redação 14 News

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