O clipe que trata do ataque ao Banco do Brasil, em Botucatu (SP), ainda não foi apagado da internet.
O MC que é de São Paulo responde na justiça por apologia ao crime.
A justiça havia determinado a exclusão do vídeo em 24 horas – no dia 31 de agosto – o que não foi efetivado, pois o mesmo foi encontrado ainda no ar nesta terça-feira (22).
Segundo a polícia, no vídeo, MC se coloca no lugar dos criminosos da quadrilha e relata em primeira pessoa os acontecimentos no dia do crime.
O rapaz havia prestado depoimento ao Deic – Departamento Estadual de Investigações Criminais em São Paulo, onde reside, e negou que incentive a violência. Ele usava o termo “empresário do crime”, frase essa que foi excluída de várias postagens seu canal. Sua alegação é que trata-se de um personagem e que faz trabalho artístico.
A decisão da justiça que surgiu a pedido da polícia ocorreu no dia 31 de agosto e previa multa diária de 5 mil reais à plataforma de vídeo caso o material não fosse apagado.
Nesta terça já eram mais de 166 mil visualizações ao vídeo.
“Nosso objetivo é voltar com vida para casa. Em questão de dias vou bolar um plano, duplicar os malotes para compensar a ‘caozada'”, canta o MC em um trecho da música.
A decisão judicial cita: “os vídeos que fazem apologia à prática criminosa perpetrada nesta cidade no prazo de 24 horas”, sob pena de multa diária de R$ 5 mil. “Verifica-se a adequação típica da conduta ao artigo 287 do Código Penal, a qual extrapola os limites do exercício regular dos direitos constitucionais, não havendo que se falar em restrição ao exercício da manifestação de pensamento, da criação e da expressão”, cita o juiz responsável pelo caso.
A Polícia prendeu 10 integrantes da quadrilha e tem mais 11 para serem capturados, pois já foram identificados.
A reportagem procurou as assessorias de imprensa do Tribunal de Justiça e do You Tube para saber sobre as providências ao caso.