A Polícia Militar Rodoviária registrou um caso de apreensão de veículos locados no Brasil e que seriam encaminhados à fronteira com a Bolívia com intuito de nunca mais serem devolvidos à empresa proprietária dos mesmos.
O caso foi atendido na SP 280 – Rodovia Presidente Castelo Branco, quilômetro 208, em Itatinga/SP, por volta das 23h20 dessa quarta-feira (02).
Durante fiscalização pela praça de pedágio de Itatinga, na Rodovia Presidente Castelo Branco, a Equipe do Tático Ostensivo Rodoviário observou que dois veículos que pareciam transitar em comboio chegarem juntos na praça de pedágio e, no interior desses automóveis, estavam apenas os condutores que se apresentaram nervosos com a presença da equipe.
Os veículos foram abordados e, após buscas nos condutores, nada de anormal foi localizado, e a equipe policial passou a questionar os homens sobre a viagem que faziam.
O abordado que conduzia uma GM/Tracker informou que havia alugado o veículo que conduzia e estava indo até o município de Corumbá/MS para “curtir o final de semana prolongado” e que o condutor do outro veículo (MBenz/C180) era seu amigo de escola e estava indo junto com ele.
Os policiais militares rodoviários perguntaram sobre o contrato de locação do automóvel e o abordado apresentou uma imagem do documento que recebeu pelo aplicativo de conversas “whatsapp”, mas o veículo não havia sido locado por ele; que não sabia informar o nome do locatário, dizendo apenas que era o nome que estava descrito no contrato, e que era um amigo.
Já o abordado que conduzia o veículo MBenz/C180, ao ser questionado, informou que estava indo até o município de Presidente Prudente/SP a fim de se encontrar com uma namorada, que viajava sozinho e que o veículo foi alugado por seu sócio em uma hamburgueria, apresentando um contrato de locação físico, porém precisou ler o nome do tal amigo no comprovante para falar aos policiais. Referente à sua identificação, o abordado apresentou, pelo celular, uma CNH digital, porém não a localizou no aplicativo do DETRAN e sim na galeria de fotos do seu aparelho.
Os policiais do TOR, desconfiados da qualificação do homem, passaram a confirmar os dados pessoais do documento da imagem, mas o abordado passou a confundir-se e não sabia informar seu RG e data de nascimento. Questionado sobre o porquê de não saber seus próprios dados pessoais, o abordado acabou confessando seu nome verdadeiro e que o nome que falou como seu e a CNH digital que apresentou eram do seu irmão.
Diante de tantas contradições a respeito da viagem que faziam e desconhecimento dos locatários dos automóveis, a Equipe TOR acreditou se tratar de “modus operandi” de crime de Apropriação Indébita, onde a vítima que é a empresa locadora dos automóveis vai descobrir que foi lesada somente após o vencimento do contrato de locação e a não entrega dos veículos já que foram locados de forma lícita, a princípio.
Dessa forma, os abordados foram indagados novamente acerca da viagem que faziam e questionados sobre detalhes da viagem e contradições apresentadas e acabaram confessando que estavam a caminho de Corumbá/MS, fronteira entre Brasil e Bolívia, que lá deixariam os carros que seriam encaminhados para o país vizinho e eles receberiam R$ 1.000,00 por carro.
A Equipe encaminhou a ocorrência à Delegacia de Polícia Civil de Plantão onde foi elaborado o registro dos fatos e a apreensão dos automóveis e dos dois aparelhos de telefones celulares dos homens para investigação em posterior inquérito policial.