Na esteira dos ataques violentos a instituições de ensino pelo país afora, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo promoveu, nesta segunda-feira (19), o lançamento da Frente Parlamentar pela Segurança nas Escolas Estaduais paulistas. A associação suprapartidária com cerca de 38 deputados vai atuar sob coordenação de Capitão Telhada (PP).
O delegado Seccional de Botucatu participou do lançamento a convite do deputado que está à frente dessa iniciativa. Durante o evento, o Telhada fez menção ao trabalho produtivo da Seccional da Polícia Civil e as equipes na região de Botucatu, no combate ao crime, junto à PM e GCM.
Compuseram a mesa de lançamento o coronel PM Valmor Racorti (que palestrou sobre ataques em escolas); o tenente-coronel PM Cordesco e o delegado Leandro Marafon, representando, respectivamente, o secretário estadual de Segurança, Guilherme Derrite, e o delegado-geral Artur Dian; e o coordenador do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva SP), Ian Nunjara.
Segundo Telhada, a meta da Frente é criar um programa de segurança escolar para “mudar, de verdade, o comportamento dentro da sociedade paulista”. O deputado ressaltou que o assunto é intersecretarial, de diversas secretarias do Governo Estadual.
“Temos que criar e melhorar protocolos, realizar treinamentos e investir em tecnologia junto ao efetivo policial e ao da Secretaria de Educação no que tange a crime digitais”, destacou. Os procedimentos, acrescentou, também devem envolver a saúde mental de professores, diretores e alunos.
Para o custeio total do protocolo de segurança escolar, o coordenador da Frente antecipou que vai inserir a proposta nas peças orçamentárias, a começar pelas Diretrizes (LDO), que tramita na Alesp, e no Plano Plurianual (PPA), cujo projeto de lei deve ser apresentado pelo Governo em agosto.
“Queremos um programa-padrão para as escolas inserido no PPA. Mas também apresentamos uma proposta de investimento [via emenda à LDO] em que 12% [das emendas impositivas] de cada deputado vão obrigatoriamente para segurança escolar”, explicou.
“Isso significa, mais ou menos, R$ 1,2 milhão para colocar câmeras, contratar funcionários e segurança privada, colocar melhorias físicas. Enfim, ter recurso para o diretor da escola aplicar na segurança”.
Também participaram do evento o deputado estadual Major Mecca (PL) e o federal Coronel Telhada (PP/SP). O secretário interino de Segurança Cidadã de Suzano, Afrânio Evaristo da Silva, também compareceu ao ato.
Homenagens
A professora de educação física, Cinthia Barbosa, foi homenageada no lançamento da Frente. A docente trabalha na Escola Estadual Thomazia Montoro, cenário da ação violenta que vitimou, em março passado, a professora Elisabeth Tenreiro, morta a facadas na Vila Sônia, zona oeste da Capital Paulista.
“Colocando a própria vida em risco, a professora Cinthia reduziu danos e salvou muitas vidas naquele dia. Atuou executando boa parte do protocolo que pretendemos levar ao conhecimento de quem está inserido no ambiente escolar”, justificou Telhada ao entregar um buquê de flores à docente.
A diretora da Thomazia Montoro, Vanessa Soares, manifestou agradecimentos às professoras Rita, Jane e Ana Célia, vítimas que sobreviveram ao ataque. “A Ana Célia recebeu 18 facadas, 90 pontos [cirúrgicos] e está lá trabalhando continuamente. Eu vejo todas como grandes heroínas”, finalizou a gestora.
Ações em Botucatu – A cidade instalou câmeras perto das escolas e tem o monitoramento por uma central da GCM.
São 40 câmeras do tipo PTZ em frente escolas públicas da Cidade. Os equipamentos permitirão o monitoramento principalmente da área externa de escolas e também das vias públicas.
A câmera do modelo PTZ tem capacidade de monitoramento 360º, com longo alcance e funcionamento 24 horas por dia. As imagens produzidas por esses equipamentos serão monitoradas pelo Centro de Operações Integradas da Muralha Virtual, agilizando o atendimento em caso de necessidade.
Atualmente, a Cidade conta com 10 câmeras PTZ monitorando as principais praças de Botucatu.
A instalação das câmeras nas escolas foi possível graças ao aditamento de contrato com o consórcio de empresas que administra o sistema da Muralha Virtual. Atualmente, a Cidade conta com 10 câmeras PTZ monitorando as principais praças de Botucatu. Com o aditivo de contrato, serão 50 câmeras deste tipo em operação simultânea.
(com texto de Claus Oliveira, da assessoria da Prefeitura de Botucatu e 14News).