Integrantes de quadrilha investigada por desviar dinheiro de entidade no Estado do Mato Grosso do Sul mantinham mansões no condomínio fechado “Ninho Verde 2”, na Rodovia Castello Branco, em Pardinho (SP).
As informações foram divulgadas pela Polícia Civil do MS que nesta semana prendeu um dos envolvidos com apoio da Seccional de Botucatu.
A polícia informou que o grupo criminoso é especializado em fraudes bancárias.
Da Associação Juliano Varela foram desviados 60 mil reais. A entidade atende crianças e adolescentes com deficiência intelectual em Campo Grande.
No total eram mantidas 6 casas no condomínio fechado avaliadas entre 500 mil a 1,6 milhão. Os donos desses imóveis eram discretos e ninguém suspeitava de algo no bairro.
A polícia do Mato Grosso do Sul informa que grupo criminoso atua há mais de duas décadas e nos últimos 5 anos movimentou 30 milhões em transações suspeitas.
A entidade lesada teve valores desviados por dispositivos eletrônicos com técnicas avançadas de informática. A verba tinha sido recebida do fundo municipal de saúde.
A operação cumpriu 11 Mandados de Busca e Apreensão e 6 Mandados de Prisão Temporária no Estado de SP, sendo 3 presos em Botucatu, Diadema e São Paulo.
Os policiais apreenderam celulares, notebooks, computadores que passarão por perícia.
As investigações continuam.
NOTA DA POLÍCIA CIVIL DO MS
A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, por intermédio da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros – GARRAS, deflagrou nesta segunda-feira (5) a operação “Juliano Varela”, com o objetivo de cumprir mandados de busca e apreensão domiciliar e prisão temporária em municípios do Estado de São Paulo. A ação é resultado de investigação que apura furto qualificado contra uma entidade beneficente que atende crianças e adolescentes com deficiência intelectual.
operação foi realizada com apoio da Divisão de Capturas do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE), do Grupo de Operações Especiais (GOE) de São Bernardo do Campo e da Divisão de Investigações Gerais (DIG) de Botucatu. As investigações tiveram início após o furto de aproximadamente R$ 60 mil da Associação Juliano Varela, instituição filantrópica sem fins lucrativos, com sede em Campo Grande-MS, que presta atendimento especializado a pessoas com Síndrome de Down, Autismo, Microcefalia e outras deficiências.
O valor havia sido destinado à entidade pelo Fundo Municipal de Saúde. Segundo o GARRAS, os criminosos utilizaram dispositivos eletrônicos e informáticos para acessar a conta bancária da associação e subtrair os recursos.
As apurações revelaram a existência de uma associação criminosa, composta por pelo menos seis indivíduos, todos residentes no Estado de São Paulo, com histórico de envolvimento em fraudes bancárias há mais de duas décadas. Apenas nos últimos cinco anos, foram detectadas movimentações financeiras suspeitas superiores a R$ 30 milhões ligadas ao grupo.
Com base nas provas reunidas, foram expedidos 11 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de prisão temporária. Três dos alvos foram localizados e presos: S.A.M., de 49 anos, em Botucatu; N.R.S., de 33 anos, em São Paulo; e A.D.F., de 45 anos, em Diadema. Os demais investigados não foram localizados, mas continuam sendo monitorados pelo Núcleo de Inteligência do GARRAS.
Durante as diligências, foram apreendidos celulares, computadores, notebooks e cartões de memória, equipamentos compatíveis com os utilizados na prática dos crimes investigados.
(Do 14News com O Estado Online).