Nessa sexta-feira (18/11), a Polícia Rodoviária localizou filhotes de macacos-prego sendo transportados em situação de maus-tratos, no quilômetro 208,4 da Rodovia Presidente Castello Branco, região de Itatinga (SP).
Por volta das 14h30, durante fiscalização na praça de pedágio, a Equipe do Tático Ostensivo Rodoviário-TOR observou o veículo de placas de Birigui/SP e verificou que os ocupantes desviavam os olhares da Equipe, demonstrando nervosismo, por isso, foram abordados.
Ao realizar busca pessoal nos ocupantes, inicialmente nada de ilícito foi encontrado pelos policiais militares rodoviários, porém, durante busca veicular, a equipe localizou duas caixas de papelão lacradas com fita adesiva de cor branca e com pequenos riscos nas laterais dessas caixas para circulação de ar. Na caixa maior que estava no assoalho atrás do banco do condutor, foram localizados dois macacos-prego e na caixa menor que estava no assoalho atrás do banco do passageiro foi localizado um macaco-prego. Os três macacos-prego estavam molhados (sudorese) devido as condições precárias de ventilação e o macaco que estava na caixa menor parecia estar bem debilitado.
Os dois abordados foram questionados sobre a origem dos animais silvestres e se possuíam algum tipo de documentação referente ao transporte (Guia de transporte de animais-GTA, Nota Fiscal, Certificado de origem-IBAMA, entre outros), sendo apresentada apenas uma imagem pelo celular de um dos abordados de um documento fiscal contendo remetente e destinatário de um animal, porém, ao ser consultada a nota fiscal, foi verificado se tratar de uma nota fiscal de um animal apenas, “Sapajus” (macaco prego), porém emitida em 18/10/22 no Estado do RJ para o município de Itapira/SP, rota diferente da que faziam os abordados.
A Equipe deu voz de prisão a M. S. C. e U. S. R. pelo cometimento dos crimes dos artigo 29 e artigo 32 da lei n° 9.605/98- Lei dos Crimes Ambientais e encaminhou a ocorrência à delegacia de Polícia Civil de Itatinga para lavratura do boletim de ocorrência. Os animais foram avaliados por médico veterinário que constou em laudo que os três macacos-prego eram filhotes e se encontravam desidratados, famintos, hipotérmicos, hipoglicêmicos, sendo que foram hidratados e alimentados logo em seguida aos exames realizados. Os animais foram encaminhados a uma Associação de Proteção Animal.
