Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária (AEVPs) do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) II “Dr. Eduardo de Oliveira Vianna” de Bauru flagraram, na quinta-feira (20), a ação de dois “ninjas” – como são chamados os indivíduos que arremessam materiais ilícitos para dentro dos presídios. O primeiro suspeito foi detido às 10h, em matagal nas imediações da unidade prisional.
Com ele, a equipe localizou oito porções de maconha e uma pedra de crack. Questionado por um dos policiais penais, o homem alegou que estava monitorando a rotina do estabelecimento penal para, futuramente, tentar introduzir ilícitos no Centro de Progressão.
PARA OS ‘BARRIGUEIROS’
No período da tarde, por volta das 13h, funcionários que faziam a vigilância do CPP detiveram outro suspeito, que portava uma mochila contendo 159 invólucros de maconha e um tablet da mesma droga, oito porções de cocaína, um aparelho celular e um fone de ouvido.
Indagado, o homem relatou que havia recebido uma quantia em dinheiro para deixar o material nas imediações da unidade. O plano era que, posteriormente, na volta do trabalho externo, os detentos que atuam como “barrigueiros” ingerissem os entorpecentes e objetos eletrônicos, com a intenção de introduzi-los no estabelecimento.
SUCO DE UVA
Com o suspeito, a equipe localizou, ainda, suco de uva em pó, que também costuma ser ingerido pelos presos como forma de tentar burlar a inspeção do escâner corporal.
A direção da unidade explica que se trata de uma técnica utilizada pelos “barrigueiros”, uma vez que a bebida em pó no organismo dificultaria a leitura do equipamento, o que não ocorre.
Em ambos os casos, os suspeitos foram encaminhados para a delegacia, para o registro de boletim de ocorrência. Também foi instaurado um procedimento de apuração interna pelo CPP II.