O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri Popular de Botucatu decidiu na data de hoje (20/02/2.025), pela absolvição de C.C.J., por agir em legítima defesa, da acusação de tentativa de homicídio qualificado (motivo fútil) que teve como vítima J.T.S.N., lesão corporal e ameaça contra a vítima B.R.F.S.
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O crime ocorreu no dia 05 de abril de 2.020, por volta das 21h37min, em frente à residência da acusada, no bairro Jardim Cristina, quando a ré foi abordada por quatro mulheres, que desembarcaram de um veículo, munidas com pedaços de madeira e iniciaram as agressões. Foi então que a ré, após sofrer agressões físicas pelo seu corpo, se apossou de uma faca que estava no seu veículo e desferiu golpes para se defender, atingindo o abdômen e a mão da vítima J.T.S.N., sendo que a outra vítima B.R.F.S. sofreu lesões leves na perna e braço. Os policiais militares que que atenderam a ocorrência, disseram que a motivação do crime seria porque a acusada teria dito que o marido de uma das vítimas era traficante.
O julgamento foi realizado no salão do Júri do Fórum de Botucatu/SP, com a juíza presidente Dra. Cristina Escher, fazendo o sorteio dos sete jurados, sendo quatro mulheres e três homens.
Foram realizados os debates em plenário, sendo o primeiro a falar foi o promotor de justiça, Dr. Bruno Maccari Crepaldi, posteriormente o advogado criminalista, Dr. Everaldo Cecilio. Após, o Conselho de Sentença, que é o responsável pelo veredicto final, na Sala Secreta votou pela absolvição da acusada, acolhendo a tese de legítima defesa, defendida pelo advogado.
Ao final, a Juíza de Direito, Dra. Cristina Escher prolatou a sentença absolutória, inclusive da acusação de crimes conexos de lesão corporal e ameaça. Acadêmicos de Direito, advogados, bem como alguns familiares da ré acompanharam o julgamento.