O mecânico Ângelo Alfredo Oyan, de 43 anos, que desapareceu no último sábado (24) durante as fortes chuvas registradas no Rio Lavapés, em Botucatu, pode ter sido jogado nas águas por conta de uma briga. Isso é o que apurou até o momento a Polícia Civil.
Nesta sexta-feira (30) a Delegacia de Investigações Gerais com os delegados Celso Olindo, Geraldo Franco e a investigadora Janis chegaram a um homem de 49 anos que foi levado à sede policial, onde contou que no sábado estava filmando a enxurrada no rio e Ângelo estava tentando passar pelo seu quintal – entre o bairro Lavapés e a Vila Jardim.
Conta o suspeito que o mecânico achou que também estivesse sendo filmado por esse morador e foi tirar satisfação, quando começou uma briga que envolveu ainda a família do dono da casa, que fica na beira do rio. Nessa briga Ângelo teria sido jogado no rio, mas as pessoas não chamaram por socorro e ele sumiu nas águas.
O suspeito que seria quem empurrou o mecânico para a água durante a briga foi ouvido e responde ao caso em liberdade. Já o seu cunhado que ainda estaria envolvido na confusão será também ouvido para a polícia saber, com mais detalhes, se a história é verídica.
O Corpo de Bombeiros cessou as buscas na quinta-feira depois de percorrer grande extensão do rio durante três dias. Nesta sexta-feira completaram 6 dias do seu desaparecimento. Equipes estiveram novamente nesta sexta-feira para verificar o local da briga se havia o corpo no local, mas não houve a localização.
Na quinta-feira os bombeiros que tinham começado as buscas pelo suposto local da queda, prosseguiram até os fundos da Fazenda Lageado, mas sem localizar o corpo do mecânico. Dali em diante não é possível fazer buscas pelo rio já que o local é bastante acidentado.
Moradores que virem algo suspeito podem acionar passar informações pelo telefone 197 da Polícia Civil ou pelo 193 do Corpo de Bombeiros.
A esposa Ana Paula Martins, também de 43 anos, conta que ele saiu de uma mecânica onde trabalha e voltava para a casa por volta das 19h e ligou para ela dizendo que não conseguia chegar por conta da água do Rio Lavapés que extravasou.
Ele então desceu até a ponte abaixo da sua casa, na região da Rua Emilio Cani e dali voltou a falar com a esposa que ainda por um momento o enxergou perto da Curuzu, mas como esse segundo lugar também estava alagado voltou para a Curuzu de novo tentando buscar novo acesso de passagem, mas ele não foi mais visto.
Ângelo nunca tinha sumido de casa, segundo relato da família. “Eu até vi ele era 19h35. Ele tinha me ligado e voltou para a Curuzu para tentar outro caminho. Sai e fui ver na rua de casa e tinha muito movimento de carros voltando. Eu estava falando com ele e vendo ele na parte de cima, perto da Curuzu, e foi de novo tentar outro caminho, e não o vi mais”, contou a esposa ao site Agência14News em reportagem anterior.
Ela ainda relatou que telefonou no trabalho do marido no Jd. Cristina e ninguém sabia do seu paradeiro. Ele não tem problemas psiquiátricos e não usa qualquer tipo de entorpecente.
O mecânico usava calça jeans escura, camiseta azul, e levava consigo uma mochila de lona marrom costal e um capacete de motociclista dentro. Ele tem 1,80 de altura, sem tatuagens e uma cicatriz no ombro esquerdo devido a um acidente de trânsito.
O telefone da Polícia Civil é o 197.
A chuva de sábado deixou quatro pessoas desabrigadas nas vilas Jardim e São Benedito e causou alagamentos em casas, ruas, avenidas, registrando mais de 45 atendimentos da Defesa Civil nas primeiras horas após a tempestade que teve precipitação de 240 milímetros, o equivalente a 15 dias ao que se tem em novembro.
(do Agência14News)