Nesta quinta-feira ( 20/06) aconteceu mais uma reunião do Tribunal do Júri, no fórum de Botucatu, sob a presidência da Dra. Cristina Escher, Juíza de Direito da 2ª. Vara Criminal.
Foram submetidos a julgamento dois réus. Ambos estavam sendo acusados de no dia 31 de maio de 2021, por volta das 23 horas, no cruzamento da rua Amando de Barros com a rua Coronel Fonseca, no centro de Botucatu, teriam tentado matar um homem, com uma barra de metal e pedras.
A vítima foi socorrida no HC da Unesp, permanecendo dias internada.
Os acusados foram denunciados por tentativa de homicídio, triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa do ofendido).
Atuou na acusação a Promotora de Justiça, Dra. Ana Rúbia Nogueira de Santana, vinda da cidade de Campinas e designada para atuar em plenário do júri.
Na defesa de um deles atuaram os advogados criminalistas Rita de Cássia Barbuio, José Roberto Pereira e Natália de Paula Medeiros.
O advogado Milton Nogueira Ribeiro Júnior atuou na defesa do um corréu.
Durante todo o julgamento a representante do Ministério Público sustentou a tese acusatória relacionada com a tentativa de homicídio qualificado.
Os defensores, porém, defenderam a desclassificação do crime para lesões corporais, sob a alegação de que não restou provado que os réus tivessem a intenção de matar.
Os jurados acataram a tese defensiva e desclassificaram o delito.
A Dra. Cristina Escher, Juíza de Direito, proferiu a sentença em plenário do júri, condenando os acusados a pena de 1 ano e 5 meses de reclusão, em regime aberto, determinando a imediata expedição de Alvará de Soltura.
A advogada Dra. Rita de Cássia Barbuio, ouvida pela reportagem, disse “que os jurados fizeram justiça, até porque não havia prova suficiente do desejo homicida por parte dos réus”.
De igual forma, a advogada Dra. Natália de Paula Medeiros salientou as inúmeras irregularidades formais do processo, tais como “falta de perícias e falta de oitiva da vítima em Juízo”.
Durante o julgamento, houve um momento de muita emoção, quando advogado dr. José Roberto Pereira disse ter recebido a notícia da morte do cantor Chrystian, da dupla Chrystian e Ralf.
Junto aos réus que estavam presos, há 03 anos, na penitenciária de Itatinga, o advogado prestou uma homenagem ao cantor Chrystian, apresentando trechos da música cantada por ele, composição de José Fortuna e Paraíso : “O Ipê e o Prisioneiro”. “Quando há muitos anos fui aprisionado nesta cela fria, do segundo andar da penitenciária lá na rua eu via, quando o jardineiro plantava um Ipê… Só uma diferença há entre nós agora: aqui dentro as noites não tem mais aurora, quanta claridade tem você lá fora”.