3 de maio de 2024
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Júri absolve acusada de tentar matar o ex-companheiro

Nesta quinta-feira, dia 14/09, esteve reunido o Tribunal do Júri da Comarca de Botucatu, sob a presidência da Dra. Cristina Escher, Juíza de Direito da 2ª. Vara Criminal.

Na oportunidade foi submetida a julgamento a acusada de tentar matar seu ex-companheiro, no dia 09 de setembro de 2021, na rua Amando de Barros, centro de Botucatu.

Segundo a denúncia, o ex-companheiro foi até a residência da acusada e levou sua filha de apenas 08 meses de idade. A acusada, então, foi atrás de seu ex-companheiro e, ao encontrá-lo, na rua Amando de Barros, iniciou discussão exigindo que ele devolvesse a criança.

– Advogados de defesa e a juíza Dra. Cristina Escher.

O ex-companheiro negou devolver a crianca. Assim, munida de um caco de vidro, a mulher atingiu a vítima na altura do pescoço, provocando ferimentos. A acusada foi denunciada pelo Ministério Público por tentativa de homicídio, qualificado pelo motivo torpe e de forma que impossibilitou a defesa do ofendido.

A acusada se encontrava presa desde a data dos fatos, em 09 de setembro de 2021, na penitenciária feminina de Votorantim.

O julgamento foi encerrado na tarde desta quinta-feira, tendo o Conselho de Sentença (formado exclusivamente por mulheres) absolvido a acusada, tendo a Juíza de Direito, Dr. Cristina Escher, determinado a expedição do Alvará de Soltura.

– Alunos de Direito e grupo de mulheres acompanharam o julgamento no Fórum de Botucatu.

Na acusação, mais uma vez, esteve atuando em plenário o Dr. Marcos José de Freitas Corvino, Promotor de Justiça. Na defesa da acusada atuaram os advogados criminalistas Rita de Cássia Barbuio, José Roberto Pereira e Natália de Paula Medeiros.

A reportagem apurou que um dos momentos mais emocionantes do julgamento foi quando os advogados de defesa entregaram aos jurados uma letra de música e colocaram no som do salão do júri, a música, cuja composição original de Rick, da dupla Rick /Renner, adaptada pela cantora Lauriete, numa mensagem de uma mãe à filha.

A ré esta sem ver a filha, de pouco mais de dois anos de idade, desde que foi presa, ou seja, setembro de 2021. A letra da música diz em determinado momento “no dia em que você nasceu eu pude sentir bem perto a mãe de Deus. Não dá pra esquecer a primeira vez que me chamou de mãe. E onde quer que você esteja pode ser possível que eu não te veja, mas tenha a certeza que eu vou sempre estar perto de você onde quer que vá”.

O amplo salão do Tribunal do Júri de Botucatu esteve com grande público, especialmente alunos das Faculdades de Direito Galileu e Marechal Rondon.

Também estiveram presentes, na plateia, acompanhando o julgamento, as representantes da Promotoras Legais Populares (PLPs) – União de Mulheres de São Paulo – coordenadas por Iman Zuhran, Dandara Isabel Silva e Patrícia Scolastici.

Ouvida pela reportagem, a advogada Dra. Rita de Cássia Barbuio disse que os jurados fizeram justiça. Afinal – disse ela – que mãe não suportaria ver sua filha, de poucos meses de vida, simplesmente ser-lhe tirada à força, sem nenhuma medida judicial ou amparo legal.

Redacao 14 News

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