37 anos. Essa foi a sentença proferida pelo juiz Henrique Alves Correa Iatarola na noite desta quinta-feira (23), no Fórum Botucatu.
É uma das maiores penas do fórum da cidade.
Ele foi julgado pelo duplo assassinato praticado pelo comerciante João Mathias ocorrido contra a ex-namorada e um homem com quem ela estaria se relacionando na época.
O crime ocorreu em dezembro de 2014 em uma festa religiosa no bairro rural de Guarantã.
Segundo a denúncia os tiros foram disparados no meio da festa com as vítimas sendo atingidas de surpresa porque Mathias viu o casal junto.
O réu fugiu até ser preso ao bater o carro durante perseguição policial.
A sentença foi proferida após 12 horas de debates em um julgamento muito concorrido pelo público.
D. Elza, mãe de Sueli, disse para a reportagem do Agência14News, que acompanhou o julgamento o tempo todo e foi muito desgastante. “Nada disso vai trazer a minha filha de volta, nem 30, nem 150 anos. Eu fiquei com pena dele, é muito triste uma cadeia, mas Deus que perdoe ele. Não guardo raiva, já fiquei com muita raiva dele”.
A defesa disse que vai recorrer da decisão que poderá ser por novo júri ou reformulação da sentença. “Não foi o que a defesa pretendia, mas de qualquer forma é realizado o julgamento e o encaminhamento futuro agora pe o recurso, até porque pelo entendimento da defesa a decisão contraria, de uma certa forma, a prova efetiva do processo. Então nós já estamos inclusive assinando o termo de recurso. A expectativa é que a gente possa ou viver um novo julgamento, ou que pelo menos tenhamos uma redção efetiva da pena aplicada”, explica o advogado de defesa José Roberto Pereira.
Para ele também, “a pena em si não questionamenos, mas na verdade estávamos defendendo a violenta emoção, que implicaria na obrigatoriedade de redução da pena de 37 anos e não foi reconhecida. Importante que hoje a defesa não quis absolvição, reconheceu o fato, apenas e tão somente pleiteava uma redução e na verdade não aconteceu. Saímos daqui já com o recurso assinado, depois vamos fazer as razões do recurso e temos prazo para depois fazer uma justificativa para o Tribunal”, finalizou o advogado.