Na Delegacia Seccional de Jaú, faltam 126 policiais civis. Dos cargos vagos, um é de Delegado de Polícia. Os dados são do “SIC.SP – Serviço Integrado de Informações ao Cidadão”, solicitados pelo do SINDPESP, Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo.
A defasagem nas outras carreiras é de 53 investigadores, 25 escrivães, 15 agentes policiais, 3 agentes de telecomunicação, 7 auxiliares de papiloscopista e 3 papiloscopistas – profissão que, de acordo com o levantamento, está zerada na seccional.
Os carcereiros somam dezenove cargos extintos. O SINDPESP considera inaceitável a extinção do cargo sem que o fato não seja contabilizado como perda. No lugar do que sai, deveria ingressar um funcionário de outra carreira, pois todo policial civil operacional colabora nas tarefas de uma delegacia, seja no atendimento ao cidadão, na investigação, na condução de viatura ou outros serviços. O carcereiro, hoje, ainda mais com o imenso déficit imposto à Polícia Civil, tem valiosa contribuição em todas essas atividades.
“Esse déficit que só aumenta é o resultado da péssima gestão na política de segurança pública, nos últimos vinte anos. Chega de sucatear a Polícia Civil do Estado de São Paulo. A população exige uma segurança pública de qualidade”, afirma Raquel Kobashi Gallinati, presidente do SINDPESP.
1º Congresso de Polícia Judiciária e Investigação Criminal
Na terça-feira (02) a presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (SINDPESP), Raquel Kobashi Gallinati, estará em Jaú, no quarto dia do 1º Congresso de Polícia Judiciária e Investigação Criminal, que acontecerá de 29 de setembro a 03 de outubro, na cidade. A delegada ministrará palestra sobre a “Autonomia da Polícia Judiciária”.
No evento, estão programadas palestras com especialistas em assuntos diversos, como crimes organizado e cibernético; haverá exposições de viaturas e equipamentos da Polícia Civil, atividades para crianças e até um “simulado” de flagrante, voltado para estudantes de Direito.
O congresso é organizado pela Delegacia Seccional de Polícia de Jaú, Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (DISE) e Central de Polícia Judiciária de Jaú e conta com o apoio da iniciativa privada.
“É preciso notar que, mesmo com efetivo reduzido por conta da política de sucateamento dos governos estaduais dos últimos 20 anos, a Polícia Civil preza pela excelência não só na realização de investigações mas também no investimento em conhecimento e troca de experiências entre profissionais da área. A realização deste congresso é um exemplo do que estou afirmando”, elogia Raquel Kobashi Gallinati.
Delegacia Seccional de Bauru – Déficit é de 106 profissionais
São 106 cargos vagos ao todo na Delegacia Seccional de Bauru. A defasagem nas carreiras é de 33 investigadores, 20 escrivães, 27 agentes policiais, 15 agentes de telecomunicação, 9 auxiliares de papiloscopista e 5 papiloscopistas. Os carcereiros somam cinco cargos extintos.
Na cidade, há o excesso de oito delegados.
Delegacia Seccional de Botucatu – Déficit é de 138 profissionais
Na Delegacia Seccional de Botucatu, 138 cargos estão sem profissionais. Seis deles são de Delegado de Polícia.
Nas outras carreiras, a falta é de 45 investigadores, 32 escrivães, 15 agentes policiais, 6 agentes de telecomunicação e 4 auxiliares de papiloscopista. Os carcereiros somam 31 cargos extintos.
Na Seccional, há o excesso de um papiloscopista.
Delegacia Seccional de Lins – Déficit é de 74 profissionais
Na Delegacia Seccional de Lins, a defasagem é de 74 cargos. Dos cargos vagos, um é de Delegado de Polícia.
Nas outras carreiras, o déficit é de 36 investigadores, 15 escrivães, 15 agentes policiais e 2 papiloscopistas. Os carcereiros representam oito cargos extintos.
Em Lins, há o excesso de três agentes de telecomunicações e somente a profissão de auxiliar de papiloscopista conta com o número previsto em lei.
Delegacia Seccional de Tupã – Déficit é de 88 profissionais
Faltam 88 policiais civis na Delegacia Seccional de Tupã. Desses cargos vagos, seis são de Delegado de Polícia.
A defasagem nas outras carreiras é de 36 investigadores, 20 escrivães, 17 agentes policiais, 2 auxiliares de papiloscopista e 1 papiloscopista. Os carcereiros somam oito cargos extintos.
Na região, há o excesso de dois agentes de telecomunicação.
Delegacia Seccional de Ourinhos – Déficit é de 69 profissionais
Faltam 69 policiais civis na Delegacia Seccional de Ourinhos. Desses cargos vagos, cinco são de Delegado de Polícia.
A defasagem nas outras carreiras é de 35 investigadores, 10 escrivães, 13 agentes policiais, 2 auxiliares de papiloscopista e 2 papiloscopistas. Os carcereiros somam três cargos extintos.
Na região, há o excesso de um agente de telecomunicação.
Delegacia Seccional de Marilia – Déficit é de 87 profissionais
Faltam 87 policiais civis na Delegacia Seccional de Marília. Desses cargos vagos, um é de Delegado de Polícia.
A defasagem nas outras carreiras é de 18 investigadores, 19 escrivães, 28 agentes policiais, 2 auxiliares de papiloscopista e 2 papiloscopistas. Os carcereiros somam dezenove cargos extintos.
Na região, há o excesso de dois agentes de telecomunicação.
Estado de São Paulo – Déficit é de 13.000 profissionais
Dados de agosto deste ano apontam a falta de 707 Delegados de Polícia no estado de São Paulo. São 20 cargos vazios a mais do que em julho deste ano, quando o déficit de Delegados era de 687.
Nas outras carreiras, o déficit é de 3.014 investigadores, 2.847 escrivães, 911 agentes policiais, 841 agentes de telecomunicação, 293 papiloscopistas, 441 auxiliares de papiloscopista, 263 médicos legistas, 374 peritos criminais, 120 fotógrafos, 37 desenhistas, 47 auxiliares de necroscopia e 148 atendentes de necrotério. Os carcereiros somam 2.957 cargos extintos.
Os dados permanecem no mesmo patamar desde que passaram a ser divulgados, em outubro de 2017 (confira todas as tabelas em http://sindpesp.org.br/defasometro.asp), mas o rombo vem de longa data, pois foi gerado pelos governos que ocuparam o executivo nos últimos vinte anos, no Estado. O déficit total da Polícia Civil paulista, hoje, é de exatos 13 mil cargos, mais de um terço do total previsto em lei.
“Quando a Polícia Civil tem mais de um terço do seu efetivo sem gente, sem funcionários, a população é a maior prejudicada. Os policiais, pela vocação e amor ao que fazem, não param, se desdobram para cumprir suas tarefas, mas é humanamente impossível realizar tudo o que seria necessário”, analisa a presidente Raquel Kobashi Gallinati.
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(com Assessoria de Imprensa)