No mês de janeiro deste ano, 80 mulheres pediram medida protetiva contra agressores em Botucatu-SP. A maioria é relacionada a maridos ou namorados, porém, também existem casos de filhos ou netos agressores.
Já nos 9 primeiros dias de fevereiro foram 15 medidas protetivas solicitadas à polícia e à justiça para que o agressor fique longe da mulher.
Para conter essa avalanche de ameaça e violência existem em Botucatu iniciativas como o “Programa Tempo de Despertar” onde na sentença judicial o homem passa por atendimento especializado para que se rompa o círculo vicioso da agressão a cada relacionamento. Dos 110 agressores encaminhados ao serviço, 20 foram encerrados, após o aval de especialistas e da justiça, por serem considerados “recuperados”.
No ano passado foram 500 medidas protetivas, sendo 32 descumprimentos.
Para fazer frente a todo esse volume de ocorrências contra as mulheres existe ainda uma rede de suporte às vítimas, e ao mesmo tempo, se faz um trabalho de prevenção, como por exemplo, aulas que ocorrem nas escolas através do Programa Patrulha da Paz da Guarda Civil Municipal. Nesse momento, as crianças são orientadas dentro de uma linguagem adequada, e assim, podem identificar um risco ou agressão, onde pedem ajuda.
No Centro de Referência da Mulher há uma orientação e atendimento para que ela fique em um abrigo ou entenda como pode enfrentar a situação que está vivendo, sendo direcionada apoio psicológico e jurídico, por exemplo.
Palestras que ocorrem em diferentes espaços são outro ponto de informação quando voluntárias de entidades, como o caso da OSC Renascer, orientam quanto a situações de relacionamentos abusivos, ou seja, como eles ocorrem, muitas vezes motivados por ciúmes, que parecem ser algo do amor pela mulher, porém na verdade, trata-se de uma situação de posse contra a pessoa desse namoros ou casamentos, surgindo casos até na adolescência.
Já a Patrulha Maria da Penha da Guarda Civil Municipal faz o monitoramento de lugares onde as vítimas vivem. Também há um APP com botão de pânico para a vítima pedir ajuda.
Um debate sobre o assunto ocorreu nesta semana: