A Polícia Civil abriu investigação para apurar uma agressão contra um menino de 4 anos, em Botucatu.
Tudo teve início quando a criança voltou da escola e o pai constatou lesões ao vestir o seu filho na piscina. Nesse momento, ele ligou para a esposa.
A mãe da criança diz que estava no seu trabalho e imediatamente entrou em contato via aplicativo com a escola que deu retorno dizendo que não teria ocorrido nada com seu filho naquele dia, pois o garoto “não havia chorado e nem reclamado”.
Não satisfeita com a resposta recebida, ela diz que se dirigiu até o local com seu filho – logo após seu horário de trabalho – onde foram atendidos pelo diretor e a coordenadora, que relataram que iriam averiguar as câmeras, mas que só poderiam mostrar as imagens, na terça ou quarta feira que vem, mas apenas com recortes, onde só mostrariam o aluno.
A mãe da criança ainda disse à polícia que falou com a motorista da van que leva e entrega o aluno do percurso da creche até a casa. Ela disse que não ocorreu nada no interior da van e orientou que registrasse boletim de ocorrência.
Ao comparecer na delegacia, ela foi orientada a levar seu filho até o PS para que lá fossem registradas em prontuário as lesões presentes em seu filho, mas no Pronto Socorro do seu convênio médico ela conta que o menino não chegou nem a ser examinado. Relatou que a médica alegou que não poderia ceder o prontuário de atendimento à mãe, pois esse documento só é dado mediante solicitação da polícia.
A delegacia expediu requisição ao IML – Instituto Médico Legal. A declarante foi orientada a comparecer até o PS de Botucatu para que lá sejam fornecidos os documentos necessários onde possa constar as lesões atuais. Ela informa que seu filho é diagnosticado com Transtorno de Espectro Autista (TEA), nível II, sendo não verbal.
A moradora foi ainda orientada a apresentar as imagens referentes aos ferimentos na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) em momento oportuno. Essa delegacia é que investiga os crimes também praticados contra menores de idade.
INVESTIGAÇÕES NA CIDADE
A reportagem teve acesso a casos registrados em Botucatu recentemente. Em um deles houve denúncia de uma escola, mas sem comprovação. Em algumas situações existe até a exposição de funcionários por parte das denunciantes, mas no fim da apuração, o fato não é comprovado.
Esse tipo de caso de denúncia, e não comprovação, já ocorreu várias vezes.
O 14News também confirmou que houve pelo menos uma demissão de funcionária devido a seguidas denúncias de agressões contra crianças.
Por outro lado, já correu caso em Botucatu de funcionários transferidos de escola sob acusação de maus-tratos contra alunos especiais, porém a conclusão da investigação foi falta de provas para embasar a denúncia.
As escolas estão usando câmeras para tentar proteger as crianças de qualquer excesso e os funcionários de alguma denúncia falsa, pois já ocorreu da criança ser agredida ou abusada fora do espaço escolar; e o alvo ser a escola.
Os pais devem sempre solicitar apuração frente a qualquer problema permitindo ampla defesa aos envolvidos, mas sem julgamentos antecipados, exceto quando houver prova contundente. Aí deve se optar até pelo afastamento – e até demissão – além de punição criminal.
Sobre o caso relatado no início dessa matéria, a reportagem não divulgou nesse momento qual a unidade educacional optando por aguardar a investigação.