O Corpo de Bombeiros localizou o corpo de uma pessoa que pode ser de um mecânico desaparecido em Botucatu.
A confirmação foi dada pela Polícia Civil que foi avisada do ocorrido no começo da noite desta sexta-feira (07).
Segundo a polícia, trata-se de um local de difícil acesso nas proximidades do clube Água Nova que fica no sentido da cidade de São Manuel.
As buscas foram reiniciadas nesta sexta-feira após testemunhas terem visto o corpo e acionarem os bombeiros.
O corpo não pode ser retirado e os bombeiros irão retornar amanhã no local que ficou sinalizado por conta de ter anoitecido no momento do encontro. A roupa que ele usava parece ser da mesma pessoa que desapareceu. Perícia e bombeiros não conseguiram chegar ao ponto muito difícil de chegar.
ENTENDA O CASO
O mecânico desapareceu no rio durante as fortes chuvas há 13 dias. Ângelo Alfredo Oyan, de 43 anos, teria caído na água no dia 24/12 durante as fortes chuvas registradas no Rio Lavapés. Ele teria sido jogado nas águas por conta de uma briga. Isso é o que apurou até o momento a Polícia Civil.
No dia 30/11 a Delegacia de Investigações Gerais com os delegados Celso Olindo, Geraldo Franco e a investigadora Janis chegaram a um homem de 49 anos que foi levado à sede policial, onde contou que no sábado estava filmando a enxurrada no rio e Ângelo estava tentando passar pelo seu quintal – entre o bairro Lavapés e a Vila Jardim.
Conta o suspeito que o mecânico achou que também estivesse sendo filmado por esse morador e foi tirar satisfação, quando começou uma briga que envolveu ainda a família do dono da casa, que fica na beira do rio. Nessa briga Ângelo teria sido jogado no rio, mas as pessoas não chamaram por socorro e ele sumiu nas águas.
O suspeito que seria quem empurrou o mecânico para a água durante a briga foi ouvido e responde ao caso em liberdade. Já o seu cunhado que ainda estaria envolvido na confusão será também ouvido para a polícia saber, com mais detalhes, se a história é verídica.
RELATO
A esposa Ana Paula Martins, também de 43 anos, conta que ele saiu de uma mecânica onde trabalha e voltava para a casa por volta das 19h e ligou para ela dizendo que não conseguia chegar por conta da água do Rio Lavapés que extravasou.
Ele então desceu até a ponte abaixo da sua casa, na região da Rua Emilio Cani e dali voltou a falar com a esposa que ainda por um momento o enxergou perto da Curuzu, mas como esse segundo lugar também estava alagado voltou para a Curuzu de novo tentando buscar novo acesso de passagem, mas ele não foi mais visto.
Ângelo nunca tinha sumido de casa, segundo relato da família. “Eu até vi ele era 19h35. Ele tinha me ligado e voltou para a Curuzu para tentar outro caminho. Sai e fui ver na rua de casa e tinha muito movimento de carros voltando. Eu estava falando com ele e vendo ele na parte de cima, perto da Curuzu, e foi de novo tentar outro caminho, e não o vi mais”, contou a esposa ao site Agência14News em reportagem anterior.
O mecânico usava calça jeans escura, camiseta azul, e levava consigo uma mochila de lona marrom costal e um capacete de motociclista dentro. Ele tem 1,80 de altura, sem tatuagens e uma cicatriz no ombro esquerdo devido a um acidente de trânsito.
VOLUME DE CHUVA
A chuva do dia 24/11 deixou quatro pessoas desabrigadas nas vilas Jardim e São Benedito e causou alagamentos em casas, ruas, avenidas, registrando mais de 45 atendimentos da Defesa Civil nas primeiras horas após a tempestade que teve precipitação de 240 milímetros, o equivalente a 15 dias ao que se tem em novembro.
O delegado Geraldo Franco informou que o caso é tratado como briga seguida da queda do mecânico no rio. Os suspeitos respondem em liberdade.
(do Agência14News)