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Após um ano, mãe que teve o filho morto em frente de festa de aniversário fala do caso

A auxiliar de limpeza, Vânia Aparecida Fonseca, moradora do bairro Mutirão, em Botucatu, há pouco mais de um ano perdeu o filho, o entregador de alimentos, Luan Gustavo da Silva, de 20 anos, que foi assassinado no Bairro Parque dos Pinheiros.

Na oportunidade, ocorria uma festa de aniversário, onde segundo a polícia, a comemoração era ao estilo de baile funk, e Luan foi separar uma briga, mas acabou levando um tiro que atingiu uma artéria na região do fígado. Ele chegou a ser socorrido por uma amigo e pela namorada, mas morreu devido às complicações.

Vânia diz que o filho nunca teve passagem policial e trabalhava durante o dia fazendo entrega de marmitas e à noite de pizza, e nunca teve envolvimento com crime. Ela, pela primeira vez fala com uma equipe de reportagem sobre o tema. Ao mesmo tempo aproveita para dizer que o filho não faz parte de qualquer grupo criminoso como chegou a se alegar na época.

A informação inicial dizia que ele fazia parte de um grupo que queria invadir a festa, mas ela afirma que Luan participava do evento a convite do dono da casa e que acabou sendo baleado por tentar separar uma briga que não tinha nada a ver com ele.

Apesar do crime ter ocorrido no ano passado, o suspeito de ter efetuado o disparo, Wini Costa Terra Santos, de 25 anos, só agora teve a prisão preventiva decretada e foi preso no mesmo bairro em uma abordagem da Polícia Militar. A prisão foi decretada pela justiça no dia 9 de maio e ele foi localizado no dia 26 do mesmo mês.

“Para mim é muito difícil falar sobre isso. Ele era um excelente filho. Não tem como não se emocionar. Ele era tudo para mim. O que aconteceu foi muito horrível. Foi a pior notícia do mundo que eu recebi. Era um menino bom, nunca deu trabalho para mim. Trabalhador. Naquele dia trabalhou até meia-noite. E foi apenas dar uma volta a uma festa que foi convidado. E a entrada da festa era um litro de uísque e um energético. E o Eduardo (dono da casa) postou isso no Face dele. Ele era dono da festa porque era aniversário dele. Ele até disse que não convidou, mas convidou sim. Quem levasse isso entrava na festa. O meu filho não tentou invadir. Ele tinha dinheiro porque era trabalhador”, disse Vânia.

ARMA – “O tal de Wini que dizem ser um bom menino não iria armado a uma festa se não tivesse a intenção de matar. E outra coisa, porque ninguém chamou a Polícia? Nem chamaram o Resgate para socorrer o meu filho. Só foi chamado a polícia quando eu cheguei lá. Meu filho estava baleado dentro do carro. E um Érick que tem um Passat estava correndo atrás. Não sei o que ele queria. Mas ele correu atrás. Não sei se ele queria matar. Agora se o Eduardo é dono da festa, ele omitiu socorro. Ele era dono da festa e responsável pelo que estava acontecendo na rua. Não tinha que chamar o Wini, e sim chamar a polícia”, afirmou a mãe do jovem assassinado.

FAMÍLIA – “Meu filho chora dia e noite a falta do irmão. Ninguém veio perguntar sobre o meu filho. Ninguém sabe o que a gente passa. Falaram que fazia parte de facção. É tudo mentira”.

OUTRO LADO – Nas reportagens anteriores tanto Wini quanto Eduardo, o dono da casa, negam envolvimento com o crime, alegando disparo acidental, e que um grupo queria invadir a festa. Isso hoje é questionado pela mãe de Luan.

Foto e vídeos Agência14News

 

Redação 14 News

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