Nesta quinta-feira, 20 de março de 2025, o Tribunal do Júri da Comarca de Botucatu esteve reunido sob a presidência da Juíza de Direito da 2ª. Vara Criminal, Dra. Cristina Escher.
Foi submetido a julgamento Lucas J. F. L., acusado de ter tentado contra a vida de M. G. L. no dia 12 de setembro de 2021.
O fato ocorreu no início da madrugada, na Avenida Professor Raphael Laurindo, no Jardim Paraíso, em Botucatu. Houve briga entre os envolvidos e a vítima foi atingida no tórax e abdômen, com golpes de canivete. A pessoa ferida sobreviveu após passar por cirurgias.
O acusado já havia sido julgado pelo Tribunal do júri em 2023, sendo absolvido. Houve recurso do Ministério Público e o Tribunal de Justiça anulou o julgamento entendendo que a decisão absolutória contrariou a prova dos autos, determinando que o réu fosse submetido a novo julgamento.
Formado o novo Conselho de Sentença, integrado por três mulheres e quatro homens, nesta quinta-feira (20/04), ocorreu novo julgamento, com o Dr. Marcos Corvino, Promotor de Justiça, pleiteando a condenação por tentativa de homicídio qualificado. Os advogados de defesa já buscavam a absolvição por legítima defesa.
Ao final, o novo Conselho de Sentença também absolveu o acusado.
Os advogados de defesa, Dra. Rita de Cássia Barbuio, Dr. José Roberto Pereira e Dra. Natália de Paula Medeiros mostraram-se eufóricos com a nova decisão.
“Botucatu dá um exemplo de que a soberania das decisões do júri deve sempre ser respeitada, diante da previsão constitucional”, disse a Dra. Rita Barbuio. Já o advogado Dr. José Roberto Pereira fez questão de destacar a fragilidade da prova de acusação, onde a vítima e testemunhas fizeram declarações conflitantes. Igualmente a advogada Dr. Natália Medeiros que destacou “que a anulação do primeiro julgamento não atendeu ao que determina a lei, já que existindo o mínimo de prova ou dúvida deve sempre beneficiar o acusado”.