Uma série de obras estão ocorrendo para buscar alternativas ao abastecimento de água nas cidades operadas na região do Médio Tietê. Desde a crise hídrica de 2014, houve uma preparação para períodos de estiagens severas, com ações voltadas à preservação do meio ambiente, ao consumo racional e com obras para ampliar a captação e tratamento de água.
Uma destas ações é a busca por reservas subterrâneas como alternativa à rede superficial de água (que são rios, córregos, mananciais, represas, entre outros). Para a instalação dos poços profundos, os investimentos no Médio Tietê são de mais de R$ 22 milhões. Desse total, 75,7% dos recursos são destinados somente à perfuração de novos poços, que vão beneficiar diretamente habitantes de 20 dos 35 municípios operados pela unidade.
Os empreendimentos de perfuração de poços, que iniciaram em janeiro de 2019 e têm previsão de conclusão em abril de 2023, compreendem os seguintes municípios: Botucatu, São Manuel, Tatuí, Boituva, Laranjal Paulista (Distrito de Laras), Pederneiras, Piedade, São Roque, Itatinga, Pardinho, Cesário Lange, Iperó, Areiópolis, Pratânia, Arealva, Bocaina, Quadra, Alumínio, Araçariguama e Capela do Alto. As ações nesses locais estão sendo executadas pela Sabesp.
Saiba mais sobre os poços profundos
Os recursos hídricos subterrâneos são grandes riquezas naturais do Estado de São Paulo e também de todo o Brasil. São armazenados em aquíferos e de ótima qualidade para o consumo humano. Quando a água entra em contato com a superfície, ela é absorvida pelo solo e pelas rochas do subsolo e, assim, passa pelo processo de filtração natural – que, inclusive, é reproduzido nos tanques das Estações de Tratamento de Água da Sabesp. Ao entrar em contato com uma rocha impermeável, a água se acumula e o volume torna-se aquífero.
Devido aos desníveis das camadas do solo e do subsolo, as rochas impermeáveis se encontram em diferentes profundidades. Portanto, é necessário um estudo geológico do local em que há intenção de instalar um poço profundo, para saber se há água acumulada e, caso haja, quanto é preciso perfurar até chegar à reserva de água.
Após a perfuração, é preciso construir estruturas ao redor da área para que a água captada tenha o tratamento adequado, como a instalação de adutoras de água bruta, de casas de química para dosagem de cloro e flúor na água, estações elevatórias de água tratada, reservatórios para armazenamento, além da urbanização e revitalização dos locais.
“Os poços profundos são de extrema importância para a segurança hídrica da nossa região. Estamos sempre analisando em quais locais há maior disponibilidade de água subterrânea, sempre em função da necessidade que o município, distrito ou o bairro demandam”, explicou o superintendente da Sabesp no Médio Tietê, Maurício Tápia. “A manutenção das áreas é fundamental para garantirmos qualidade no abastecimento de água à população atendida por poços”, finalizou.
Apesar das melhorias no sistema de abastecimento de água, a Sabesp reitera o pedido para que a população continue fazendo o uso consciente da água e evitando desperdícios, principalmente em períodos de pouca chuva como o atual. (Com assessoria).