Uma pesca no Rio Juruena, na altura da divisa dos estados do Mato Grosso, Amazonas e Pará, terminou com a captura e soltura de um peixe piraíba, espécie conhecida como “tubarão de água doce” e um dos maiores peixes de couro da América do Sul.
O maior bagre das águas brasileiras foi capturado durante a viagem do pescador Fernando Fabian, de Bauru (SP), às regiões norte e centro-oeste do país. A espécie, ameaçada de extinção, deu as caras no afluente e surpreendeu o grupo de 25 pessoas que acompanhava o pescador do interior de SP.
Com um corpo robusto e de grande porte, a piraíba, que também é conhecida como piratinga e piranambu, conta com seis barbilhões sensitivos na região anterior de sua cabeça. A espécie, em alguns casos, pode alcançar até três metros de altura e 300 quilos.
Neste caso, o tamanho foi mais “modesto”: cerca de 100 quilos. No entanto, foi o suficiente para levar boa parte do grupo a ficar cerca de uma hora até realizar a retirada do animal da água.
“De repente, senti algo. A gente sabia que era um peixe grande, mas não sabia qual. Tivemos que soltar o barco e começamos a trabalhar para tentar trazer o peixe, demorou cerca de uma hora e dez minutos”, conta Fernando.
Segundo Fernando, a emoção pela sua captura só perdeu para a sensação de cansaço em decorrência da força para retirá-la da água e da preocupação na hora de devolvê-la ao habitat natural.
“Depois que ele subiu, eu fiquei exausto, nem expressar minha alegria eu consegui. Mas o processo de devolução não é simplesmente soltar o peixe. Você pode tirar fotos, mas é preciso preservá-lo para que ele não morra. Então, após recuperá-lo, nós o soltamos novamente para o local do qual é dono”, finaliza.