Desde 2015 | A informação começa aqui!

Docente da FCA-Unesp de Botucatu participa de evento da ONU sobre mudanças climáticas

O professor Iraê Amaral Guerrini, do Departamento de Ciência Florestal, Solos e Ambiente da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, câmpus de Botucatu, foi um dos representantes brasileiros na COP 28 (28ª Conferência de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas), realizada de 30 de novembro a 12 de dezembro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

O evento reúne chefes de estado e diplomatas de todo o mundo para rodadas de negociação voltadas para a discussão de ações de implementação do Acordo de Paris e de combate ao aquecimento global. Fora da esfera diplomática, a COP28 também é um espaço em que empresas, organizações não-governamentais e instituições acadêmicas podem manifestar seus compromissos, firmar acordos e debater medidas voltadas para o combate às mudanças climáticas.

O professor Guerrini esteve na COP, juntamente com Alessandro Zabotto, aluno de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola da FCA, com o objetivo de divulgar a nova metodologia de quantificação de carbono e serviços ecossitêmicos criada por eles, juntamente com Deicy Carolina Lozano Sivisaca, ex-doutoranda do Programa de PG em Ciência Florestal da FCA e atualmente professora da Universidade de Loja, no Equador, com apoio da Agência Unesp de Inovação (AUIN). A metodologia vem sendo testada e divulgada na Europa pelos professores Gian Franco Capra e Antonio Ganga, da Univerdità degli Studi di Sassari, Sardenha, Itália, parceiros da equipe de pesquisa do professor Guerrini.

Além de assistir a palestras e painéis do evento, o docente da FCA concedeu entrevistas a diversos veículos de imprensa.
Confira abaixo, uma entrevista do professor durante a COP28.

Por que é crucial medir o carbono na floresta amazônica?

O Brasil, maior detentor global de carbono em terra firme, requer mensuração para preservação, especialmente em meio às mudanças climáticas e debates sobre a regulação do mercado de carbono na COP28 e no Congresso brasileiro.

Como a metodologia desenvolvida pela Unesp e validada pela KPMG contribui para quantificar e valorizar esses ativos ambientais?

A metodologia baseada nos protocolos do IPCC, essencial para mensuração precisa, impacta positivamente comunidades, biodiversidade e iniciativas de proteção ambiental global.

Explique o funcionamento dessa metodologia inovadora.

Envolvendo coleta de amostras, testes cientificamente comprovados e protocolos rigorosos, a metodologia origina unidades de carbono estocado em áreas nativas e preservadas, gerando ativos ambientais comercializáveis.

Além do carbono estocado, por que é fundamental preservar as florestas?

Além de ser crucial para o equilíbrio climático global, o Brasil oferece benefícios socioambientais através das florestas, incluindo regulação climática, qualidade da água, biodiversidade e geração de renda local.

Como essa abordagem se conecta aos debates globais sobre mudanças climáticas e regulação do mercado de carbono?

A abordagem visa valorizar não apenas o carbono, mas também os benefícios da preservação, alinhando-se a discussões globais sobre mudanças climáticas, biodiversidade e regulação do mercado de carbono.

Qual é a perspectiva em relação à Proposta de Lei apresentada pelo Senado?

A proposta é aplaudida, com ênfase na necessidade de valorizar e comercializar os ativos ambientais estocados na Amazônia. Espera-se melhorias da Câmara dos Deputados para contemplar essa valorização.

Redacao 14 News

Redacao 14 News

Você pode gostar também