25 de abril de 2024
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Sobre a segunda onda da Covid, especialista diz que ‘nem saímos da primeira’

Brasil pode ter 2ª onda da COVID como na Europa? Infectologista afirma que ainda nem saímos da primeira.

“No Brasil, não tivemos propriamente um pico, tivemos um ápice longo e uma descida muito lenta”, explicou ao Estadão o Prof. Dr. Alexandre Naime, Chefe da Infectologia da Unesp e Consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia.

“Nossa taxa de transmissão continua alta, nosso R é menor do que 1 (ideal), mas ainda está muito próximo de 1, por isso o decréscimo é tão lento.

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jornal Estado de São Paulo entrevista o Prof. Dr. Alexandre Naime Barbosa, Chefe da Infectologia da UNESP e Consultor da Sociedade Brasileira dê Infectologia sobre uma possível segunda onda de COVID no Brasil.

Leia a reportagem abaixo, ou link para a matéria original no final do texto.

Com taxa de transmissão alta e queda lenta nos números, caso nacional ‘não bate’ com o de países europeus.

Enquanto a Europa volta a se fechar para conter a segunda onda da covid-19, o Brasil continua estável na primeira, sem previsão de queda ou aumento significativo do número de casos a curto prazo.

O caso do Brasil é único no mundo e intriga infectologistas, epidemiologistas e estatísticos. Segundo os especialistas, o País ainda está longe de debelar a primeira onda.

A segunda onda só ocorre depois de um primeiro pico infeccioso agudo, seguido de uma queda considerável no número de casos e mortes, chegando praticamente a zero. Subitamente, há um aumento importante dos registros, superior a 50%.

É o que está acontecendo em vários países da Europa, como França, Espanha e Alemanha, que voltaram a anunciar medidas de lockdown para conter a disseminação do vírus.

O padrão brasileiro é bem diferente.

Houve um pico epidemiológico entre junho e julho, seguido de uma ligeira queda e de uma estabilização no número de casos e mortes. Durante alguns meses, o número de mortos girou em torno de mil por dia. Nas últimas semanas está próximo dos 500, patamar considerado ainda muito alto.

“No Brasil todo estamos na primeira onda ainda; tivemos uma queda, mas estabilizamos em níveis muito altos e não conseguimos baixar”, explicou o coordenador do projeto Covid-19 Analytics, da PUC-Rio, Marcelo Medeiros, especialista em estatísticas. “Ou seja, seguimos em mar revolto, mas nada indica que teremos uma segunda onda por enquanto.”

Na análise de especialistas, o lockdown implementado por diversos países da Europa durante a primeira onda da epidemia foi muito mais radical do que o imposto no Brasil.

Essa seria uma explicação para a queda abrupta do número de casos europeus e, agora, para o seu aumento, após um período de flexibilização das medidas de isolamento.

No Brasil, além de o lockdown não ter sido tão rigoroso, ele não teria sido eficiente em comunidades de grande densidade populacional, caso das favelas e periferias. A dificuldade de controle passa, também, pela baixa testagem dos casos.

Platô longo.

“No Brasil, não tivemos propriamente um pico, tivemos um platô longo e uma descida muito lenta”, explica Alexandre Naime Barbosa, Chefe do Departamento de Infectologia da Unesp.

“Nossa taxa de transmissão continua alta, nosso R é menor do que 1 (ideal), mas ainda está muito próximo de 1, por isso o decréscimo é tão lento.”

Para os cientistas, o importante agora seria ampliar consideravelmente a testagem, para localizar as cadeias de transmissão.

“Devemos nos preocupar em controlar o que está acontecendo hoje”, disse a pneumologista Margareth Dalcolmo, da Fiocruz. “As medidas foram muito relaxadas. Será que precisávamos abrir cinemas, quando se sabe que a transmissão ambiental é crucial?”

O epidemiologista Amílcar Tanuri, do Instituto de Biologia da UFRJ, concorda com a colega. “Temos de monitorar mais os casos e chegar a uma taxa de incidência segura para, por exemplo, liberar as crianças para a escola”, disse. “Para podermos voltar com coisas importantes e sacrificar outras, como ficar em bares até a madrugada.”

Especialista em gestão de saúde da UFRJ, Chrystina Barros frisa que cada um deve cumprir o seu papel. “A doença continua se disseminando, precisamos manter os cuidados”, afirmou. “Os governos precisam ser coerentes, dar o exemplo e mandar mensagens claras, e a população precisa fazer sua parte, manter o distanciamento, higienizar as mãos e usar máscara.”

Link para a matéria original: https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-pode-ter-2-onda-da-covid-como-na-europa-medicos-dizem-que-ainda-nao-saimos-da-primeira,70003494746

Redação 14 News

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