A Divisão de Doenças de Transmissão Respiratória do Centro de Vigilância Epidemiológica “Professor Alexandre Vranjac”, órgão vinculado a Coordenadoria de Controle de Doenças, emitiu um alerta em relação ao sarampo durante a Copa do Mundo de futebol, que será realizada na Rússia entre 14 de junho e 15 de julho.
O alerta é voltado, principalmente, para os torcedores e turistas que viajarão para o leste europeu com o objetivo de prestigiar a competição. Dados apontam que nos últimos 18 meses foram registrados mais de 14 mil casos da doença na Europa. A Ucrânia enfrenta um surto com milhares de casos, inclusive com óbitos, além de casos em países como a Sérvia, Geórgia, Albânia, Turquia e a própria Rússia.
Em 2018, surtos de sarampo com localização geográfica determinada, ainda em monitoramento, são registrados em 11 países da Américas. No Brasil, a doença havia sido erradicada em 2016, no entanto, novos casos voltaram a surgir. São 1.256 casos suspeitos e 200 confirmados, tendo a maior incidência no Estado do Amazonas, com 115 casos. No entanto, os dois óbitos confirmados pela doença ocorreram no Estado de Roraima. O Estado de São Paulo, atualmente, registra 28 casos suspeitos e apenas 1 confirmado.
Prevenção
Como formas de prevenção, a Secretaria de Estado da Saúde recomenda aos viajantes, especialmente os que participarão da Copa do Mundo, que atualizem suas vacinas antes de viajar, de acordo com o calendário nacional e estadual de vacinação. A vacina SRC (sarampo, rubéola e caxumba) é recomendada, inclusive, para crianças de seis meses a um ano. Em contrapartida, a vacina não é recomendada para crianças menores de seis meses, gestantes e indivíduos que apresentem contraindicações médicas.
Vale ressaltar, também, a importância da vacinação em profissionais que atuam no ramo do turismo, funcionários de hotéis e restaurantes, além das pessoas que mantenham contato com viajantes e profissionais da saúde. Durante a viagem, é necessário reforçar as medidas de higiene pessoal e do ambiente, seguindo estas recomendações:
– cobrir nariz e boca quando tossir e respirar;
– lavar as mãos com freqüência com água e sabão ou álcool em gel;
– procurar não levar as mãos à boca ou aos olhos;
– evitar aglomerações ou locais pouco arejados, sempre que possível;
– manter os ambientes freqüentados sempre limpos e ventilados;
– evitar contato próximo com pessoas doentes.
Ao retornar, o viajante deve ficar atento. Caso tenha febre e exantema, evitar deslocamentos ou contato desnecessários com outras pessoas até ser avaliado por um profissional de saúde e buscar imediatamente serviço médico para esclarecimento diagnóstico e tratamento adequado.
A doença
O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa, podendo evoluir com complicações graves. A doença é transmitida por meio de secreções expelidas pelo doente ao falar, tossir e espirrar.
A vacina tríplice viral é a medida de prevenção mais segura e eficaz contra o sarampo, protegendo também contra a rubéola e a caxumba.
A região das Américas foi a primeira considerada livre do sarampo em 2016. O sarampo permanece endêmico nos demais continentes. A circulação mantida do vírus representa um riso permanente de importação, especialmente durante eventos de massa internacionais.
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(com Assessoria de Imprensa)