No próximo sábado, 10 de novembro, a Rodovia Castello Branco (SP 280) comemora 50 anos de inauguração. Principal ligação entre a Região Metropolitana de São Paulo e o Centro-Oeste paulista, a Castello, com seus 302 quilômetros, se configura hoje como um dos mais importantes corredores de transporte de grãos, produção industrial e passageiros do País.
Para celebrar essa data, a CCR SPVias, empresa fiscalizada pela ARTESP (Agência de Transportes do Estado de São Paulo), realizará, durante todo o mês de novembro, ações de comunicação sobre o tema. Serão distribuídos folhetos em suas 10 praças de pedágio, faixas serão instaladas na SP 280, entre o km 136,8 (Cesário Lange) e 282,5 km (Iaras), e mensagens serão postadas nos painéis localizados nas rodovias, no site da Concessionária (www.spvias.com.br) e nas redes sociais do Grupo CCR.
Já a CCR ViaOeste, concessionária que administra a SP 280 entre o km 13,4 e km 79,3, realizará uma exposição itinerante sobre os 50 anos da construção da Castello. A mostra ficará exposta no Iguatemi Esplanada, localizado em Sorocaba, entre os dias 8 e 22 de novembro. A exposição, composta por 11 painéis, traz um conjunto inédito de fotos e informações históricas sobre a construção da rodovia e sua inauguração em 1968. A iniciativa é gratuita e indicada para todos os públicos.
História
A “Auto-Estrada do Oeste”, como foi inicialmente projetada pelos técnicos Departamento de Estradas de Rodagem (DER-SP) na década de 1960, após oito anos de estudos, nasceu com a missão de amparar o desenvolvimento econômico do Estado e do Brasil. O nome de batismo “Rod. Castello Branco” veio em 1967. Hoje, a Castello liga as cidades de São Paulo até Santa Cruz do Rio Pardo (SP). A região beneficiada pelo traçado da rodovia incluía zonas altamente produtivas no Noroeste Paulista, além do Norte do Paraná e Sul do Mato Grosso, por meio da ligação com outras estradas. Esse eixo, extremamente importante para o abastecimento do País, era servido na época por rodovias que não se encontravam em condições de sustentar o crescimento projetado para a região.
Marco da engenharia brasileira, a Castello nasceu com um conceito de autoestrada nunca visto até então no Brasil. A rodovia já foi concebida duplicada, com curvas e rampas suaves que permitiam ampla visibilidade, além de um largo canteiro central já prevendo as futuras ampliações de faixas de rolamento sem impactar o entorno da rodovia. Além disso, seu pavimento, de alta qualidade, era comparado às melhores “free ways” da Europa e Estados Unidos. O resultado foi muito mais conforto e segurança nos trajetos. No trecho entre São Paulo e Sorocaba, por exemplo, a redução de tempo de viagem foi de 50%, na comparação com o trajeto antigo pela Raposo Tavares.
A inauguração
No dia 10 de novembro de 1968, o primeiro trecho foi inaugurado pelo governador de São Paulo Abreu Sodré, em solenidade realizada na altura de Osasco (SP). O segmento ligava, com 171 quilômetros, a Capital Paulista ao município de Torre de Pedra, passando por Barueri, Sorocaba e Tatuí, cujo crescimento foi acelerado com a rodovia. Durante esta primeira fase da obra, foram aproximadamente 4 mil pessoas, além da movimentação de 61 milhões de metros cúbicos de solo. Foram construídas 78 obras de arte, o equivalente a praticamente cinco quilômetros de pontes e viadutos. Os outros trechos foram inaugurados em janeiro de 1971, no segmento entre Torre de Pedra e Avaré, e em abril de 1992, no trecho até Santa Cruz do Rio Pardo.
O renascimento da Castello
Na década de 1990, o governo do Estado iniciou o Programa de Concessão de Rodovias de São Paulo com o objetivo de revitalizar e trazer novos investimentos para os principais eixos rodoviários.
Em 1998, a CCR ViaOeste assumiu os 65 quilômetros da Castello, entre São Paulo e Itu, com o desafio de recuperar o conjunto de rodovias do Sistema Castello-Raposo, desgastadas e sem qualquer tipo de auxílio médico ou mecânico aos usuários.
Em 2000, a CCR SPVias assumiu a administração do segmento da Castello entre Tatuí e o entroncamento de Espírito Santo do Turvo com Santa Cruz do Rio Pardo, com um total de 185 quilômetros. Uma das principais realizações da concessionária foi a conclusão da duplicação, em 2010, da Serra de Botucatu, o único trecho ainda não duplicado da Rodovia Castello Branco, que estava inacabado desde a década de 1970.
A CCR ViaOeste e CCR SPVias fazem parte da CCR Infra SP, empresa do Grupo CCR que administra alguns dos principais eixos rodoviários do Estado de São Paulo.
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(com assessoria)