A recomendação de períodos muito longos de jejum para fazer alguns tipos de exame de sangue começou a mudar no Brasil. Com técnicas mais avançadas, o consumo de alimentos antes desses exames não interfere mais na análise feita nos laboratórios.
As máquinas atuais são supermodernas, e fazem as análises praticamente sozinhas. O paciente ter ou não ingerido algum alimento antes de tirar o sangue tem interferência mínima em relação ao resultado. Estudos comprovaram também que é muito importante diagnosticar os pacientes que têm níveis de colesterol e triglicerídeos altos depois que eles se alimentam. Em jejum, esses resultados seriam alterados.
O fim do jejum de 12 horas foi um dos assuntos discutidos em um congresso da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial no Rio de 2016. Atualmente, três entidades médicas brasileiras de peso se posicionam oficialmente, validando a não obrigatoriedade desse jejum.
As Sociedades Brasileiras: de Cardiologia, de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial e a de Análises Clínicas. Com isso, os laboratórios poderão, em breve, coletar amostras sanguíneas para as chamadas lipoproteínas (colesterol total, HDL-c, LDL-c e triglicerídeos), independentemente do fato do paciente ter se alimentado previamente ou não.
Por hora, o jejum ainda será recomendado em situações específicas, mas com grandes chances de ser desnecessário ao longo do tempo. O jejum de oito a 14 horas continua necessário para o diagnóstico de diabetes em glicemia, por exemplo.