A perícia concluiu sua apuração sobre o que aconteceu no acidente registrado no dia 25 de novembro de 2020 em Taguaí (SP). A conclusão é que não houve falha nos freios. Isso contraria o depoimento do motorista que transportava trabalhadores de Itaí para uma empresa de confecção de Taguaí para iniciar o turno daquele dia.
A colisão entre um ônibus e um caminhão deixou 41 mortos no km 172 da Rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho, em Taguaí, na região de Avaré. Foi o acidente com o maior número de vítimas em rodovias do Estado.
A investigação apontou que o motorista do ônibus, na verdade, tentava fazer uma ultrapassagem. À sua frente e na mesma pista estava outro ônibus e um caminhão. Quando ele tentou fazer a ultrapassagem, vinha também na pista contrária um caminhão. Foi quando houve o choque. E a lateral desse caminhão se soltou provocando um “corte” na lateral do ônibus, atingindo as pessoas que estavam indo ao trabalho. No total, eram 50 pessoas que estavam no ônibus. O motorista do caminhão também morreu.
Antes, em seu depoimento, o motorista havia dito que não faltou freio e que desviou para o meio da pista porque acreditava que à beira da rodovia existia uma ribanceira. O veículo também também estava com os pneus carecas e a empresa não tinha autorização para o transporte pela rodovia. A empresa respondeu que não havia sido notificada da suspensão do transporte intermunicipal e que a manutenção nos ônibus é feita semanalmente.
A defesa do motorista insiste que há testemunhas confirmando que houve falha nos freios.
Uma passageira que sobreviveu ao acidente disse ao Fantástico da TV Globo neste domingo (21/02) que o condutor sempre corria e dirigia sem total cautela.
O motorista responderá por homicídio culposo de todas as vítimas, pois segundo a polícia, ele entendia que poderia conseguir a ultrapassagem, e também deverá ser processado pelas lesões nas vítimas sobreviventes.
Conclusões da perícia:
-GPS aponta que 5 minutos antes do acidente o motorista do ônibus dirigia a 49km/h. Depois praticamente não tirou o pé do acelerador.
-Sistema de freio do ônibus estava íntegro.
-Motorista do ônibus tentava fazer ultrapassagem em local proibido.