O feminicídio praticado em Itatinga contra a garçonete Nilcéia Ferreira, de 39 anos, de Botucatu que foi assassinada pelo namorado na área rural continua repercutindo entre as mulheres.
A Microempresária, Promotora Legal Popular e membro do Conselho da Mulher de Botucatu, Juliana Zambrini lamentou e diz que quando isso ocorre todas as mulheres sofrem.
“Deus tem me incomodado muito, sabe? Pra abrir a boca e falar (…). Nós não precisamos passar perigo de vida por causa da carência, por causa da ilusão da gente ser amada por pessoas desse tipo, como esse assassino que abordava mulheres na internet, aproveitando de sua carência acaba fazendo isso; o que fez com a nossa querida colega que acabou perdendo a vida”, citou em um vídeo alertando mulheres.
Segundo ela, “enquanto não há leis mais severas e gente precisa se unir. A gente precisa dar as mãos uma para as outras. A gente precisa se proteger. Quando você vê que uma amiga sua está entrando, pode ser desconhecida, entrando em uma roubada, sabe que o cara não presta, avise; dê um jeito de chegar até ela”.
É preciso, diz ela, pesquisar quem é esse homem que a chama para conversar. “Você quando é abordada na internet, seja a forma que for, antes de conversar com o cara, vai tirar informação, pergunte, perguntar não ofende. Levante a ficha”, orienta.
“Quando vem conversar, com “oi minha linda” vejo quais as minhas amigas que são em comuns e pergunto se conhecem, o que sabem a respeito. Não dá mais pra gente entrar em roubada: correr risco de vida, colocar nossos filhos em risco”.
Juliana também já contou a própria história sobre ter sofrido um abuso psicológico do companheiro e depois procurou ajuda e se separou.