O Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta disse neste domingo (22) durante coletiva de imprensa estar preocupado com as compras de álcool líquido pelo risco de acidentes, o que lotaria ainda mais os hospitais e uso de ventiladores médicos.
“Fico muito preocupado com a venda de álcool líquido nas farmácias. Comentei isso com os prefeitos hoje. Não tem o gel, e usam o líquido. Única coisa que estou precisando agora é queimadura. Álcool líquido só na mão de adulto e em local seguro; não façam disso um grande arrependimento”, disse.
De preferência, disse ele, é melhor entregar esse material a hospitais. Indicou o uso de hipoclorito, a conhecida Kiboa, para limpar vaso sanitário porque tem cloro e “mata tudo que tem em volta e não pega fogo. Embora corrosiva para as mãos, é melhor que o álcool líquido”, citou.
Ele ainda comentou sobre a tentativa do Brasil para fazer a compra de testes rápidos que estão sendo produzidos no exterior.
O Brasil também tenta desenvolver máscaras com um tecido similar ao TNT, e se tiver mesmo funcionamento o Brasil vai iniciar a produção. Recentemente, a Itália comprou 2 milhões e meio de máscaras no Brasil porque médicos e equipes de saúde estavam morrendo sem equipamento de proteção individual. O Brasil não barrou a venda por entender a necessidade.
Sobre a vacinação de idosos contra a gripe que começa nesta segunda-feira (23), o ministro defendeu a forma volante nas casas ou que eles recebam a dose carros – perto dos pontos de vacinação. Se tiverem que se deslocar que se respeite distância nas filas.
ESTATÍSTICAS
Subiu para 25 o número de pessoas que morreram em decorrência do Covid-19, o Novo Coronavírus. Dessas, 22 mortes foram no Estado de São Paulo e outras 3 no Rio de Janeiro.
Houve também alteração no número de casos confirmados que subiu para 1550 no País.
Na terça-feira o Estado de São Paulo retringiu todo o comércio
O número de mortos em decorrência do coronavírus na Itália aumentou em 793 em um dia, chegando a 4.825.
HOSPITAL NO ESTÁDIO DE FUTEBOL
A Prefeitura de São Paulo começou a instalar dois mil leitos de baixa complexidade para atender pacientes com suspeita de infecção pelo novo coronavírus.
“Nesses espaços nós poderemos fazer o acompanhamento da população que não se encontra numa situação de alto risco, mas precisa de uma atenção do poder público”, disse o prefeito Bruno Covas.
Dos dois mil leitos, 200 serão implementados no estádio do Pacaembu, que vem sendo adaptado para receber os pacientes. Os outros 1.800 leitos são no Complexo do Anhembi.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, com essas medidas as ações da Prefeitura de São Paulo entram num novo estágio para o combate ao coronavírus. “São grandes hospitais de campanha para abrigar as pessoas que ainda não estão agravadas nos nossos hospitais para poder internar as pessoas que precisam das UTIs. É uma nova fase. São iniciativas de um enorme impacto do ponto de vista de saúde pública”, afirmou.
As vagas nesses locais serão reguladas e disponibilizadas para pessoas que estão sendo atendidas em UBS e em hospitais.
Novas estruturas como essas também poderão ser montadas em outras regiões da cidade, caso seja necessário.
ENTREVISTA COM O MINISTRO DA SAÚDE:
