A reportagem do 14News foi acionada por uma leitora pedindo que se fizesse uma matéria de reclamação colocada por uma pessoa em rede social, onde ela se queixava do atendimento dado, no PS Referenciado Adulto da Vila Assumpção, que é administrado pelo Hospital das Clínicas (HC) com parceria com a Prefeitura de Botucatu.
Assim, o 14News procurou a pessoa que fez na rede social essa reclamação. Trata-se de Regina Prado, moradora de Botucatu. Essa filha da paciente idosa e concordou que o tema fosse veiculado no site.
Dessa forma, a reportagem procurou o HC-FMB, Prefeitura de Botucatu e Conselho Municipal de Saúde para que pudessem avaliar o caso e se posicionarem se foi um fato isolado ou que pode estar ocorrendo com frequência. A postagem da moradora de Botucatu diz o seguinte:
“Terceira vez em 5 dias…
Não sou de postar “textão” em redes sociais, mas são 4h da madrugada e tô aqui sentada em uma cadeira dura de plástico, mais uma vez acompanhando minha mãe, que hoje precisou vir de ambulância pelas fortes dores que está sentindo desde o último sábado.
PROVÁVEL diagnóstico: infecção nos rins. TALVEZ pedra. Sim, provável e talvez pq o PS adulto não dispõe de aparelho de imagem de alta definição (ultrassom ou tomografia), sendo esses exames só realizados na Unesp através de encaminhamento.
Diante disso, hoje quando chegamos “tentei” argumentar com a enfermeira responsável se era possível já encaminhá-la direto à Unesp, já q esse exame só é possível lá, para que tivéssemos uma certeza do porquê dessa dor aguda que ela sente, mas ela me respondeu (em tom hostil) q isso só cabe ao médico decidir. Após aguardarmos o atendimento, fiz a mesma pergunta ao médico, q me respondeu q ele tem q seguir o protocolo e que “as coisas não funcionam assim” pois os exames clínicos da minha mãe estão ok.
Procedimento adotado: remédio pra dor (dor geral pq não se sabe exatamente dor do quê) e refazer exames clínicos.
Diante da minha indignação, minha análise crítica dessa situação q estou passando com minha mãe é q alguns profissionais da saúde, quando questionados (nem vou dizer confrontados pq não foi o caso), não sabem lidar com essa questão “paciente x sistema de saúde” e automaticamente já se colocam em uma posição reativa, de ataque, fazendo com q muitos se sintam intimidados pq “precisam” do profissional. Mas não é pq o serviço é público e na maioria das vezes, atende pessoas humildes, que eles podem agir como se fossem supra sumos. Também sou funcionária pública e no meu trabalho sou confrontada quase q diariamente por diferentes situações e nem por isso sou arrogante com ninguém para “despistar” falhas do sistema.
Que o SUS é precário, todos sabemos, mas que pelo menos as pessoas possam tratar umas às outras com empatia, pois hoje é minha mãe, mas poderia ser a sua!”.
Resposta do HC-FMB:
“Em relação ao caso descrito, o HCFMB informa que todas as medidas assistenciais tomadas no atendimento a paciente no PSA foram corretas, de acordo com todos os protocolos. O caso já está sendo tratado pela Ouvidoria do HCFMB e tomas as medidas serão tomadas para a sua resolução”, informou o HC.
As demais respostas ainda não foram enviadas ao site. O 14News procurou as autoridades na quinta-feira (13), às 17h09, quando foi encaminhado pedido de manifestação por e-mail.