Na sexta-feira, 24, foi publicado no The New England Journal of Medicine (NEJM) um estudo multicêntrico brasileiro, que contou com a participação de 55 hospitais nacionais, entre eles a Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB|Unesp) e o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB). O trabalho avaliou os efeitos da cloroquina, usada isoladamente ou em combinação com a azitromicina, em pacientes internados com infecção leve a moderada pelo COVID-19.
Denominado “Hydroxychloroquine with or without Azithromycin in Mild-to-Moderate Covid-19”, o projeto, no âmbito local (Botucatu), foi liderado pela professora Marina Politi Okoshi (investigadora do Coalizão Covid-19 Brasil), do Departamento de Clínica Médica da FMB|Unesp. Na equipe médica, trabalharam para o estudo o professor Alexandre Naime Barbosa, a Drª. Suzana E Tanni, Dr. Diego AR Queiros, Drª. Monica Mendes, e Drª. Liana S Coelho. “Gostaríamos de destacar a participação de toda a equipe da UPECLIN (Unidade de Pesquisa Clínica), gerenciada pela enfermeira Ana P Piloto; entre as coordenadoras, participaram: Dra. Luana U Pagan, Drª. Mariana Gatto, e Drª. Priscila Portugal”, lembrou professora Marina.
O estudo revelou que o uso de hidroxicloroquina isolado ou em combinação com a azitromicina, entre pacientes internados com infecção leve a moderada pelo COVID-19, não melhora a condição deles após 15 dias. Os pacientes que receberam a hidroxicloroquina, com ou sem a azitromicina, tiveram mais eventos de prolongação do intervalo QTc (medida no cardiograma) e aumento de enzimas hepáticas do que pacientes que não receberam a hidroxicloroquina. O aumento do intervalo QTc, no eletrocardiograma, está associado a arritmias cardíacas.