Apesar do momento econômico com queda no movimento do comércio ainda é forte o crescimento do mercado de vendas online, principalmente quando o valor comparado com o de uma loja física. Mas, esse tipo de modalidade de compra, depende de uma seleção muito bem feita de qual site optar para depois não ter uma dor de cabeça em não receber o produto, ou se vier com problema, não conseguir trocar.
O comércio eletrônico registrou crescimento nominal de 15% no faturamento, movimentando R$ 41,3 bilhões em 2015. A previsão é que, até o fim do ano, o e-commerce nacional fature R$ 44,6 bilhões, o que representa um acréscimo nominal de 8%, em relação ao período anterior, de acordo com a 33ª edição do relatório WebShoppers, elaborado pela E-bit/Buscapé
“Dentro do cenário de crise econômica, com aumento de inflação, desemprego e incertezas ao longo de 2015, o e-commerce se mostrou uma excelente alternativa na busca de bons negócios para o consumidor, apresentando faturamento muito acima do registrado no varejo tradicional”, disse o fundador da E-bit, presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da FecomercioSP e vice-presidente de Relações Institucionais do Buscapé Company, Pedro Guasti.
TRABALHO EM CASA
Patricia Vadileti, de Botucatu, é uma das revendedoras das empresas que trabalham com vendas online. “A loja é de fábrica por isso os preços se destacam”, disse Patricia que usa com os clientes a propaganda de preço e a qualidade dos produtos da marca. Existe um código que a vendedora online é identificada quando sua cliente entra no site e efetua a compra. (PAT00004CLI).
Ela atua pela marca SSVest (www.saltosalto.com.br) é de propriedade da empresa Salto, uma confecção localizada na cidade de Americana (SP). A empresa tem loja física no shopping Welcome Center, na cidade. Entre as vantagens que a empresa oferece é desconto de 50% na “compra de inauguração” para que as pessoas conheçam o serviço; a outra tentação de compra é o parcelamento em 18 vezes, o que facilita muito. “Para a compra a distância existe o valor dos Correios que varia de 19 a 22 reais, o que acaba compensado. É uma área que resolvi apostar pois é uma facilidade e economia que sempre quis ter, e assim estou levando a todas as pessoas que conheço”, explica a vendedora online.
Para que o consumidor seja bem atendido e não tenham nenhuma dúvida sobre os produtos o site aposta em informar os clientes principalmente da numeração. Eles apresentam por exemplo números de referência das roupas para que o consumidor escolha sem medo de errar. Ela apresenta os tamanhos: P 36/38, M – 40/42, G – 44/46 e GG – 48/50.
DA LOJA PARA O MERCADO VIRTUAL
Adriano Trevizan que representa a marca diz que trabalhava antes somente com a venda de balcão em uma loja de calçados e de produtos fitness. Depois começou a confeccionar linhas esportivas próprias buscando um preço mais competitivo frente às marcas de referência. Em seguida, as vendas começaram a aumentar. “Passamos a ter a nossa confecção que era terceirizada. Hoje temos estilistas e cortes. Apostamos também na linha moda que ultrapassou a linha fitness, voltada mais para o verão. Antes a gente tinha apenas uma loja no shopping Americana. A partir da fabricação muitas pessoas começaram a comprar nossos produtos para revender – as sacoleiras que são as autônomas – e isso nos despertou a revenda do atacado. Vimos aí uma saída para a crise porque as vendas começaram aumentar. Hoje trabalhamos com as vendas online, que é algo novo: a pessoa divulga o nosso site e toda venda que a representante faz a gente paga uma comissão. Temos representantes na região de Botucatu também Avaré, Bauru. São pessoas que divulgam a marca e os produtos para a gente”, comenta.
O DESAFIO É MOSTRAR CREDIBILIDADE
Ele diz que as vendas online recém implantada na sua empresa vem crescendo aos poucos. A parte positiva, diz o empresário, é que se consegue vender para todo o Brasil. Alguns clientes são de Salvador, Minas Gerais e Santa Catarina. “Não fica restrito a um local com loja física. O grande desafio é gerar credibilidade no negócio, pois a pessoa que está pela primeira vez acessando o site não sabe se a entrega será feita e se a peça é de qualidade. Vai ter que despertar uma venda para que a pessoa receba em dois dias o produto, veja a qualidade, repita a compra e passe a indicar para as amigas. Vencida essa barreira as vendas acontecem normalmente”, explica.
Ele diz a que a loja online é uma forma de reduzir custos no momento econômico atual. Manter uma loja virtual, diz ele, também tem custo e é preciso investir em divulgação. O crescimento da empresa no último ano foi de 12%. Com esse retorno de consumidores a empresa está também aumentando o mix de produtos com blusinhas e saias.
COMO ESCOLHER UMA LOJA
Segundo Márcio Cesar Lopes, do Procon de Botucatu o maior volume de vendas ainda é na loja física, mas um diferencial da venda online é que o consumidor insatisfeito pode fazer o cancelamento definitivo em até 7 dias e pedir o dinheiro de volta.
Uma dica é entrar no site do Procon e ver a lista de sites que deram problema na hora da compra ou mesmo na entrega, evitando usar o seu serviço ruim. A lista é de mais de 500 empresas que apresentaram problemas. Segundo, consultar amigos que compraram em determinado site também é importante.
(Do Agência14News, com Agência Brasil).