Nomeado de INCT-One, sob coordenação central do professor Fernando Spilki, pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão da Universidade Feevale, do Rio Grande do Sul, o projeto reúne grupos de pesquisa brasileiros e estrangeiros com foco no monitoramento de agentes virais em humanos e animais. A iniciativa surgiu a partir dos resultados observados no enfrentamento da pandemia de covid-19 e conta com pesquisadores de quatro estados brasileiros e de outros países como Alemanha, Reino Unido e EUA.
Entre os cientistas que compõem a equipe do INCT, está João Pessoa Araújo Júnior, docente do Instituto de Biociências de Botucatu (IBB) – Câmpus de Botucatu, líder de um grupo de pesquisa residente no Instituto de Biotecnologia (Ibtec) da Unesp e vice-coordenador do INCT-One no estado de São Paulo.
Dentre os focos do projeto, está o estudo dos arbovírus, devido à relação direta com a saúde da população. O professor João Pessoa enfatiza a importância das pesquisas voltadas aos arbovírus dentro do projeto “É importante verificar o quanto os vírus da dengue, zika e febre amarela estão evoluindo, e se podem adquirir novos hospedeiros e novas formas patogênicas. É preciso monitorar também a chegada de novos vírus ao Brasil, como o vírus do oeste do Nilo”, afirma.
A Unesp terá participação nas pesquisas desenvolvidas pelo projeto, pois já atua na vigilância genômica de vírus, operando em laboratório referência em biossegurança no país. No final de 2023, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), anunciou a disponibilização de financiamento para um Instituto Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (INCT) em Vigilância Genômica de Vírus e Saúde Única. O investimento disponibilizado pelo MCTI, Capes, CNPq e Fapergs será de R$ 5,3 milhões até 2028.
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