Os bancos irão abrir normalmente no dia 9 de julho, no Estado de São Paulo. O horário permanece o mesmo: das 10h às 14h para o atendimento geral e das 9h às 10h para idosos, gestantes e pessoas portadoras de deficiência.
Isso ocorreu porque o feriado da Revolução Constitucionalista foi antecipado para o dia 25 de maio de 2020 no combate à covid-19.
As datas de vencimento de contas de concessionárias e cobrança no dia 9 não sofrerão alteração.
A Febraban – Federação Brasileira de Bancos orienta que as pessoas usem os canais digitais para fazer pagamentos, onde é possível fazer várias operações. “Deixe para ir à agência apenas em caso de necessidade. Evite aglomerações”.
Nota da Federação dos Bancos
A Federação Brasileira de Bancos – FEBRABAN informa que os bancos abrirão normalmente no dia 09 de julho. As contas de consumo (água, luz, telefone e TV a cabo etc) e carnês com vencimento marcado para essa data deverão ser pagos normalmente.
A Lei 17.264/2020 antecipou para o dia 25 de maio de 2020 o feriado em que se comemora a Revolução Constitucionalista no Estado de São Paulo.
No entanto, para mitigar o risco à saúde pública decorrente da Covid-19, a FEBRABAN recomenda aos clientes e usuários da rede bancária que evitem ao máximo deslocamento até às agências bancárias, uma vez que estarão com horários restritos de funcionamento das 10 horas às 14 horas. O atendimento exclusivo para idosos, gestantes e pessoas portadoras de deficiências ocorre das 9 horas às 10 horas, para impedir uma eventual contaminação de outros públicos com os grupos mais vulneráveis.
Todos os canais eletrônicos estão disponíveis e em plena capacidade para atender a totalidade das necessidades dos clientes, permitindo que as agências bancárias sejam utilizadas apenas nos casos extremos de necessidade.
O estado de São Paulo comemora o dia 9 de Julho, que marca o início da Revolução Constitucionalista, quando os paulistas enfrentaram o governo de Getúlio Vargas.
História
Hoje, nosso tema é a Revolução Constitucionalista de 1932, uma insurreição das forças de São Paulo contra o Governo central de Getúlio Vargas, que havia assumido o comando do país na chamada Revolução de 30.
Um dos livros sobre o tema é do jornalista Luiz Octavio de Lima, autor do “1932 – São Paulo em chamas”, lançado pela editora Planeta. Luiz Octavio nos conta que em 31 de outubro de 1930, o gaúcho Getúlio Vargas chegou de trem ao Rio de Janeiro para assumir o comando do país.
Naquele ano, a Política do Café do Leite havia entrado em colapso.
“ Revolução de 30 parte das eleições de 1929, quando ainda vigorava a chamada política do Café com Leite, os presidentes se alternavam entre paulistas e mineiros. E já havia um candidato escolhido pelo presidente Washington Luís, que representava os paulistas. Ele indicou Júlio Prestes e essa indicação quebraria a alternância entre Minas e São Paulo.”
Os mineiros juntaram-se, então, aos gaúchos e aos paraibanos para lançar Getúlio como candidato à presidência. Mas, ele perdeu nas urnas para Júlio Prestes, que, em março daquele ano, garantiu o primeiro lugar na corrida presidencial, com mais de um milhão de votos – 300 mil a mais que os de Getúlio.
“Mas, a partir dali, os partidários do Getúlio Vargas começaram a contestar o resultado das eleições. Então, houve uma ruptura que culminou na deposição do Washington Luís no final do mandato dele e para garantir que Julio Prestes não assumisse o poder.”
Washington Luís foi obrigado a deixar o poder e Getúlio assumiu oficialmente o comando do Governo Provisório no dia 3 de novembro de 1930. O gaúcho nomeou interventores para o governo dos estados. Mas nenhum dos escolhidos por Getúlio para comandar São Paulo permanecia por muito tempo no posto.
“Ele nomeou para quase todos os estados do Brasil interventores locais, pessoas que eram da política local, civil ou militares, mas em São Paulo ele já nomeou de cara o pernambucano João Alberto. Ele desagradou de tal forma a população de São Paulo que ele acabou sendo substituído e no total foram seis interventores nesse período entre 30 e 32. E acabou optando no final por um civil e paulista, o Pedro de Toledo, mas era um diplomata já velhinho. E o Getúlio achou que com essa solução ele iria agradar aos paulistas, ia ficar livre dessa dor de cabeça e o interventor que ele tinha nomeado seria um fantoche.”
Os paulistas, porém, não se contentaram. Diante da truculência do governo federal e da demora para a promulgação de uma nova constituição, um levante armado tomou conta das ruas de São Paulo em 9 de julho de 1932. O movimento passou para a história com o nome de Revolução Constitucionalista.
“São Paulo viveu o clima de uma guerra e fez um esforço de guerra. Estudantes, donas de casa, pessoas ricas, todos fizeram a sua parte.”
Esta foi a versão reduzida do Na Trilha da História! O episódio completo traz, além da entrevista na íntegra com o jornalista Luiz Octavio de Lima, músicas sobre as revoluções de 30 e de 32! Para ouvir, acesse: radios.ebc.com.br/natrilhadahistoria. / E se você quiser enviar uma mensagem pra gente, nosso e-mail é culturaearte@ebc.com.br. Até semana que vem, pessoal!
*Na Trilha da História: Apresenta temas da história do Brasil e do mundo de forma descontraída, privilegiando a participação de pesquisadores e testemunhas de importantes acontecimentos. Os episódios são marcados por curiosidades raramente ensinadas em sala de aula. Tem periodicidade semanal. Acesse aqui as edições anteriores.