O comandante da 1ª Companhia da Polícia Militar de Botucatu (SP), capitão Anderson Willian Mariotto disse neste sábado (01) que o ataque da quadrilha a bancos, com intensa troca de tiros com a polícia e reféns, além de um carro incendiado na entrada do quartel da PM, que a ação criminosa foi mal sucedida por conta da resposta da polícia.
“Aqui eles perderam, tiveram que sair desesperadamente”, comentou.
Ele explicou que os criminosos começaram o ataque com incêndio de uma caminhonete roubada na Av. Dom Lúcio, de um cidadão que saía de viagem, quando os policiais avisaram sobre o ocorrido e os comandantes saíram de suas casas para proteger os policiais do batalhão.
Ele diz que os bandidos ficaram com vários veículos pela cidade atirando para que a polícia não se aproximasse, pois queriam finalizar o roubo de dinheiro no cofre do Banco do Brasil.
Na ação estiveram mais de 200 policiais de ações de choque – com os PMs de Botucatu que agiram primeiro – e destacou que a resposta foi à altura com a troca de tiros, pois os bandidos jamais iriam se entregar, pois estavam com armas de guerra e com veículo blindados.
Destacou que o sangue encontrado em praticamente em todos os veículos serão usados para análise em banco de dados e se chegar aos bandidos durante as investigações.
De acordo com o delegado Seccional da Polícia Civil, Lourenço Talamonte Netto, agora começa o trabalho efetivo de investigação com todo o material que foi coletado e assim atuar na apuração dos criminosos que agiram em Botucatu. “Agora é o trabalho de investigação de tudo o que foi coletado no dia desse fato que aconteceu na cidade. A gente está empenhado desde o inicio, coletando provas periciais para chegar os integrantes dessa quadrilha”.
Sobre o fato ter ocorrido por conta de retaliação de grande quantidade de droga, o capitão diz que não foi “de maneira nenhuma. Eles vieram para agir no Banco do Brasil”. Essa foi a mesma colocação do delegado.
O capitão ainda ressaltou que se os moradores da zona rural verem algo estranho ou pessoas suspeitas que liguem para a polícia.
Falou que os bandidos estavam entre 30 a 40 da mesma quadrilha usando inclusive drone.
O roteiro dos embates começou pela Rua Rangel Pestana, onde os bandidos encontraram com uma viatura e houve 10 minutos de troca de tiros. Como os carros dos criminosos era blindado, mesmo com os tiros de armas de grosso calibre, eles conseguiram dar ré e prosseguirem com a fuga. Houve novo enfrentamento no bloqueio da PM feito na Havan. Como não conseguiram fugir, ficaram perdidos na cidade, e passaram a fazer disparos por todos os lugares. Na região da Vital Brasil outro enfrentamento com policiais. Ali dois PMs ficaram feridos. Na Travessa Vital Brasil também encontraram com mais policiais. Depois roubaram carros de morador perto do Hotel Bekassin.
O capitão da PM diz que jamais os bandidos iriam desistir da ação e se entregar, pois estavam com armamento de guerra, além de uma alta blindagem nos carros. E se caíssem na mata, diz o oficial, possivelmente a PM conseguisse prendê-los.
Durante a ação, a polícia conseguiu recuperar R$ 1,6 milhão e apreender 8 fuzis, além de veículos blindados, e coletes à prova de balas, todos que foram abandonados na fuga.
Sobre o fato de pessoas terem alegado que o homem suspeito que morreu durante a ação, apesar de passagem e ser usuário, dizendo elas que o rapaz não fazia parte de quadrilha, o capitão disse essa pessoa saiu da cadeia em janeiro e lá ficou em uma ala de facção criminosa. Ainda citou que ele estava com um fuzil AK 47 – mesmo tipo que a quadrilha usou – citando o fato de ter tatuagens relacionadas a práticas criminosas, e ainda disse ser estranho uma pessoa sem envolvimento permanecer em um local onde há grande movimentação policial e troca de tiros.
Entrevista na Municipalista:
2´00: Sobre a ocorrência — 1´16: Radialista internado com Covid.